IndyCar: Problemas com câmbio tira chance de bom resultado de Junqueira

Tinha tudo para ser o melhor desempenho de Bruno Junqueira (Alcompac/Telemont) na temporada da Indy Racing League (IRL) e, por muito pouco, não foi.

Depois de uma corrida consistente, andando sempre entre os sete primeiros – exceção feita aos momentos de paradas nos boxes, o piloto de Belo Horizonte viu uma sexta posição garantida escapar a poucas voltas do final do GP de Edmonton, 13ª etapa da temporada, devido a um problema no câmbio. A vitória, quinta no ano, foi do neozelandês Scott Dixon, da Ganassi, que superou o brasileiro Hélio Castroneves, seu principal rival na luta pelo tÁ­tulo.

A prova, que até ano passado integrava o calendário da ChampCar, foi marcada pelas quatro bandeiras amarelas, por diversas rodadas e toques. Bruno largou em sétimo e se manteve no primeiro pelotão até o pitstop inicial, na 21ª volta, quando uma neutralização provocada pelo brasileiro VÁ­tor Meira (Panther) levou todos os lÁ­deres aos boxes. Como alguns pilotos apostaram em estratégias diferentes e a equipe Dale Coyne não trabalhou na velocidade prevista, o mineiro caiu para o 11º lugar, mas voltou a recuperar posições, ultrapassando, entre outros, Danica Patrick e Dan Wheldon. Na frente, a vantagem dos carros da Penske acabou anulada com as voltas constantes atrás do pace car. Bruno vinha conseguindo economizar combustÁ­vel para levar vantagem na estratégia e, com a corrida sendo decidida por tempo (91 das 95 voltas previstas), conseguiu superar Ryan Briscoe. A três voltas do fim, o câmbio travou na sexta marcha e, andando em média seis segundos mais lento do que o costume, ele só conseguiu levar o carro até o fim, numa 14ª posição que não resume o potencial do fim de semana.

“Num final de semana que prometia tanto, e que cheguei mesmo a realizar muito como piloto, chego ao fim imensamente frustado com os erros e falta de profissionalismo da equipe Dale Coyne. Eu dei tudo de mim na pista, para perder no pit stop quatro posições, e ao fim da corrida, a recorrência de um problema que já me custou outros tantos resultados nesse ano”, lamentou o piloto, que corria com o chassi reserva, mais pesado e menos adaptado Á s condições dos circuitos mistos. Depois dos seis finais de semana consecutivos acelerando, pilotos e equipes ganham uma pequena folga e só voltam Á  ativa no dia 9, com o GP de Kentucky, em circuito oval.