IndyCar: Tentando voltar a categoria, Raphael Matos conversa com o SpeedRacing

O brasileiro Raphael Matos, que disputou a IndyCar entre 2009 e 2011, conversou com o SpeedRacing sobre a possibilidade de disputar as 500 Milhas de Indianapolis e também sobre o começo da carreira, e o quadro atual do nosso automobilismo.

Afastado da categoria desde a prova de São Paulo do ano passado (Matos tentou, mas não se classificou para as 500 Milhas de Indianápolis), o piloto mineiro de 30 anos, concedeu uma entrevista na manhã de sábado, na Sala de Imprensa do Complexo do Anhembi.

Campeão de todas as categorias de base nos EUA, com destaque a Indy Lights em 2008, Matos estreou na IndyCar em 2009, pela Luczo Dragon, equipe que passou  se chamar de Ferran Luczo Dragon no ao seguinte. Pela equipe conquistou como melhor resultado dois quartos lugares, em São Paulo e Watkins Glen, em 2010. No ano passado fez um acordo com a AFS Racing, para disputar as primeiras provas. Após não se classificar em Indianápolis, Matos não conseguiu mais apoio, ficando de fora do restante da temporada.  Matos perdeu o pai no mesmo dia em que ficou sem a vaga na IndyCar.

Ligado a Mazda, no programa Road to Indy, Matos revelou que conversa com algumas equipes para a disputa das 500 Milhas de Indianápolis. Sem revelar nomes, o piloto nascido em Belo Horizonte, disse que descarta apenas as equipes equipadas com motor Lotus (que para ele ainda não estão desenvolvidos o suficiente).

Com a vaga em uma equipe custando 500 Mil dólares, Matos disse que pretende se encontrar com o Governador de Minas Gerais, Antonio Anastásia, em busca de apoio. Na ocasião pretende presentear o governador com um capacete.

Matos falou também da dificuldade do inicio da carreira, pois nunca foi de famÁ­lia rica, e da falta de kartódromos para poder treinar e competir. Comentou que chegou aos EUA com mil dólares no bolso e um pequeno patrocÁ­nio.

Lembrou que precisava matar aulas e viajar para poder treinar e competir. E se mostrou surpreso ao saber, pelo SpeedRacing, que o kartódromo do Borboleta, em Juiz de Fora, um dos mais seletivos do Brasil na década de 1990, acabou e no lugar foi construÁ­do um condomÁ­nio.

O piloto lamentou a praticamente morte das categorias de base de monopostos no Brasil, pois ao sair do kart, o piloto se vê sem futuro.

Foto: Robson Miranda – SpeedRacing