IndyCar: Traçado da Indy 300 recebe nome e tem curvas batizadas

Os trechos do Circuito do Anhembi fazem menção a locais e construções da região.

Desenhado pelo neozelandês Tony Cotman, consultor da IZOD IndyCar Series, o traçado da prova São Paulo Indy 300 passou a chamar-se oficialmente Circuito do Anhembi. Suas curvas e retas também foram batizadas pelos organizadores do evento. Os nomes foram divulgados nesta terça-feira (02/02) e homenageiam locais e construções da região onde se situa o circuito, no entorno do complexo do Anhembi – que reúne o Sambódromo e o Centro de Convenções da cidade. A corrida será disputada no dia 14 de março, com transmissão ao vivo pelos canais Band e Bandsports, além das rádios Bandeirantes e BandNews FM.
O traçado de 4.180 metros, 11 curvas e três longas retas marcará a abertura da temporada 2010 da Fórmula Indy e também a estréia da categoria em circuitos de rua na América do Sul. A largada será na Reta do Sambódromo, que está situada exatamente sobre a passarela do samba que sedia os desfiles do Carnaval paulista. Após este trecho, os pilotos farão uma seqüência de curvas Á  esquerda e Á  direita, que foi batizada de “S” do Samba.
Após uma pequena reta vem a Curva da Base Aérea, que fica nas proximidades das instalações militares localizadas atrás do Anhembi. A seguir os carros entrarão na Avenida Olavo Fontoura, rebatizada como Reta de Marte, em alusão ao Aeroporto do Campo de Marte, que abriga o serviço aeronáutico das polÁ­cias Civil e Militar – o local foi também o primeiro aeroporto da cidade de São Paulo.Â
A curva seguinte é a do Anhembi, trazendo os pilotos para o estacionamento do Pavilhão de Exposições. Depois os carros passarão pela Curva 14 Bis, localizada próxima Á  Praça Campo de Bagatelle, cujo nome é uma referência ao local, em Paris, onde o brasileiro Alberto Santos Dumont fez um veÁ­culo mais pesado que ar voar pela primeira vez. Lá, existe escultura em tamanho natural do avião utilizado por Santos Dumont em sua façanha.Â
Entre a Curva 14 Bis e a do Pavilhão, fica a saÁ­da dos boxes. Depois de contornarem a Curva Espéria (nome alusivo ao tradicional clube instalado ali), as máquinas passarão pela Curva das Docas – bem próximo a este local estão as docas onde são descarregados os caminhões que levam o material das exposições realizadas no Anhembi.Â
A próxima curva é a do Tietê, que margeia o famoso rio paulista e antecede a Reta Bandeirantes – uma das principais atrações do circuito, que homenageia os sertanistas que partiam principalmente de São Paulo para ampliar em grandes proporções o território nacional a partir do século XVI, inclusive seguindo o rio Tietê.Â
Depois de percorrerem os 1.500 metros da Reta Bandeirantes, os pilotos contornarão a última curva do traçado, denominada Curva da Vitória, para ganharem a Reta do Sambódromo e completarem os 4.180 metros da volta.
O nome da pista – Circuito do Anhembi – é uma palavra indÁ­gena que denominava o próprio rio Tietê. Originalmente “Anyemby”, o termo significa em português “rio dos anambus”, aves que habitavam certa região do Estado de São Paulo em grande quantidade. Naquela localidade nasceu a cidade de Anhembi, fundada em 1891 na margem esquerda do Tietê pelos Bandeirantes, a 240 quilÁ´metros da capital paulista. A palavra Tietê denomina hoje todo o rio que, em seus 1.150 quilÁ´metros, corta o estado e a maior cidade sul-americana. Grafado pela primeira vez em um mapa de 1748, o termo Tietê significa “rio verdadeiro”.