Informações: CBA: Federações pedem assembléia

Em pauta inspeção de livros contábeis e fiscais.

Os presidentes das federações de automobilismo de cinco estados – ParaÁ­ba, Pernambuco, Pará, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul -, publicaram ontem (quarta, 3), no Jornal do Brasil, edital convocando seus pares nas demais entidades filiadas Á  Confederação Brasileira de Automobilismo para debater sobre vários assuntos, entre eles a exibição de documentos contábeis e fiscais e convocar o conselho fiscal da CBA. A medida atinge também aspectos ligados ao Tribunal de Justiça Desportiva e interpretação de artigos e pontos omissos no Estatuto da Confederação.

Essa convocação ganha importância em função de fatos recentes e da proximidade das eleições para o novo mandato da CBA, programadas para a segunda quinzena de março. Pela primeira vez em muitos anos a chapa da situação não será única: o pernambucano Cleyton Pinteiro foi escolhido como candidato do movimento “por uma CBA de verdade” na disputa da presidência para o mandato 2009/13.

Para o presidente da Federação de Automobilismo de Pernambuco, José Carlos Monteiro, a decisão de convocar uma assembléia é conseqüência direta da mudança de valores praticada pela atual gestão:

“Sempre ouvimos do presidente Paulo Scaglione que “a CBA não tem trancas nas portas ou chaves nas gavetas” e que os arquivos da entidade estariam sempre Á  nossa disposição. Infelizmente, não foi isso que encontramos quando fomos ao Rio algumas semanas atrás para verificar os arquivos contábeis.”

Além de Monteiro viajaram Á  sede na rua da Glória os presidentes das federações do Distrito Federal (Napoleão Ribeiro), Goiás (José Ney Lins Rocha) e Rio Grande do Norte (Franklin Castro Pereira), além do próprio Monteiro e do presidente da federação carioca, Djalma de Faria Neves. Na ocasião todos foram impedidos de verificar quaisquer documentos da CBA e informados que qualquer atividade semelhante deveria ser solicitada com o prazo mÁ­nimo de dez dias úteis. Para Nestor Valduga, presidente da federação gaúcha, não restou nenhuma alternativa ao grupo:

“Diante dessa mudança repentina de posições resolvemos tomar uma atitude formal em busca de entender porque a confiança que depositamos na presidência não foi correspondida. Em função de crÁ­ticas que todos nós estamos recebendo de nossas bases e do inÁ­cio de um novo mandato, entendemos que o momento exige atitudes ainda mais amplas para garantir um processo eleitoral transparente.”