IRL: Corrida em misto deixa Vitor Meira confiante

Piloto brasileiro aponta azares nas 500 Milhas de Indianápolis e demonstra confiança para corrida de domingo em Watkins Glen.

“Não foi a pior coisa do mundo, mas também está longe de ser a melhor”. Foi com estas palavras que Vitor Meira definiu seu décimo lugar na 90ª edição das 500 Milhas de Indianápolis. Sexto no grid, o piloto brasileiro da Panther chegou a estar duas voltas atrás dos lÁ­deres da corrida, disputada no último domingo (28), lançou-se a uma prova de recuperação e recebeu a bandeirada final a menos de 20 segundos do vencedor Sam Hornish Jr.

“O grande vilão da corrida, para nós, foi o segundo pit stop”, aponta Vitor. Ele fez sua parada para troca de pneus e reabastecimento uma volta antes do sul-africano Tomas Scheckter bater na entrada da reta dos boxes, levando Á  segunda das quatro bandeiras amarelas da prova. “Todo mundo aproveitou o pace car para fazer pit stops e, nessa brincadeira, acabei ficando a uma volta do lÁ­der. AÁ­, já não tinha muito que a gente fazer”, ele lamenta.

Ainda na primeira metade da corrida, Meira chegou a estar a duas voltas do lÁ­der. “Nós tivemos que fazer uma corrida de recuperação, isso dificultou muito as coisas. Nossa equipe tinha uma expectativa alta. Nada fora da nossa realidade, mas alta. Com os problemas que tivemos durante a corrida, não deu para alcançar aquilo que imaginávamos. Com toda certeza, de todas as vezes que disputei as 500 Milhas de Indianápolis, esta foi a mais difÁ­cil”, diz.

O desgaste de pneus foi um dos fatores adversários do brasileiro em sua quarta atuação na corrida mais tradicional do automobilismo mundial. “Depois de 20 voltas, os pneus ficavam muito ruins, mas não foi só isso que nos prejudicou. O carro não estava bom, não tinha a velocidade que a gente precisava para tentar algo melhor. Fizemos o possÁ­vel, agora temos que olhar para frente. Ainda faltam 10 corridas, temos muito trabalho a fazer”, comenta.

A temporada 2006 da Indy terá seqüência neste domingo (4) com a quinta etapa, no circuito misto de Watkins Glen. “Nesse tipo de pista, nossa desvantagem é menor”, considera Vitor, que obteve no circuito misto de St. Petersburg o melhor resultado da Panther neste ano – foi quinto colocado na segunda etapa, depois de largar em 12º. “Em Indianápolis, perdemos duas posições no campeonato, a meta agora é voltar a ganhar posições”, finaliza.

Após quatro corridas, a classificação completa do campeonato é a seguinte:
1º) Castroneves, 156 pontos;

2º) Hornish Jr, 144;
3º) Wheldon, 139;
4º) Dixon, 120;
5º) Kanaan, 119;
6º) Matsuura, 95;
7º) Franchitti e Herta, 89;
9º) Marco Andretti, 88;
10º) Meira, 84;

11º) Patrick, 83;
12º) Sharp, 82;
13º) Giaffone, 73;
14º) Scheckter, 67;
15º) B. Lazier, 66;
16º) Rice, 63;
17º) Cheever Jr., 56;
18º) Chesson, 54;
19º) Carpenter, 37;
20º) Michael Andretti, 35;
21º) Simmons, 24;
22º) Papis, 16;
23º) J. Lazier, 13;
24º) Jones, Bell, Unser Jr., Moreno e Enge, 12;
29º) Luyendyk Jr., Foyt, Medeiros e Bucknum, 10;
33º) Dana, 6.