IRL: Problema de freio no treino oficial põe Bruno Junqueira no fim da fila para o GP de Saint Petersburg

Que o imponderável faz parte do automobilismo não resta dúvida. E que ele costuma ser o pior inimigo de um piloto, também é incontestável. O mineiro Bruno Junqueira (Telemont/Brasil Telecomunicações) foi vÁ­tima, na qualificação para o GP de Saint Petersburg, de um problema que comprometeu toda a expectativa e o bom desempenho mostrados nos treinos livres. Com suas duas melhores voltas anuladas, ele larga para a segunda etapa da Indy Racing League (IRL), o GP de Saint Petersburg, com largada Á s 15h45 (de BrasÁ­lia), na última posição, em busca de uma corrida de recuperação no traçado de rua da Flórida. O único ponto positivo do sábado é a certeza de dispor de um carro capaz de retomar o terreno perdido. A pole é de outro brasileiro, Tony Kanaan, da Andretti Green, que divide a primeira fila com o australiano Will Power.

As dificuldades de Bruno tiveram inÁ­cio no treino livre da manhã, com a quebra, sem razão aparente, de um braço da suspensão traseira de seu Dallara Honda. No reparo, muito provavelmente um dos condutos do sistema de freio acabou atingido. O piloto da Dale Coyne entrou na pista para a primeira fase da tomada de tempos, chegou a registrar 1min03s1, marca que lhe daria um lugar entre os 12 primeiros mas, logo em seguida, quando, de acordo com a telemetria, andaria em 1min02s8, sem frenagem nas rodas traseiras, perdeu o controle do carro e acabou batendo. Por ter provocado a bandeira vermelha e a interrupção da sessão, Bruno teve anuladas suas duas melhores passagens – e acabou prevalecendo o tempo de sua volta de aquecimento, cinco segundos acima do que havia registrado na véspera.


Diante do contratempo, o mineiro espera poder usar sua experiência e o bom acerto do carro para ganhar posições, numa pista estreita, cercada por muros e com fortes frenagens, que exigirá preparo fÁ­sico dos pilotos e resistência do equipamento. “Foi um dia de sentimentos opostos. Fiquei feliz por ter conseguido acertar um ótimo carro para a classificação, e triste pelo que aconteceu nela. Estávamos conseguindo voltas bastante competitivas, que chegaram a nos deixar em segundo, mas o problema com o freio traseiro me fez passar reto na curva 8. Eu realmente cheguei a ter grandes expectativas, mas infelizmente largo amanhã da ultima colocação. Mas estou positivo, e sei que posso fazer uma ótima corrida, e, quem sabe, surpreender”.


Os demais brasileiros na categoria tiveram desempenhos distintos. Além de Tony, Hélio Castroneves (Penske) também ficou entre os seis mais rápidos, que lutaram pela pole nos 10 minutos finais, e larga em quarto. VÁ­tor Meira, da Panther, sai em 17º, uma posição Á  frente de Enrique Bernoldi (Conquest). Mário Moraes, companheiro de equipe de Bruno na Coyne, sai em 22º.