Moto 1000 GP: João Victor Batista vence e também é lÁ­der da GP Light

João Batista dá o troco em Dudu Neto e vence segunda etapa da GP Light
Ultrapassagem sobre a linha de chegada na última volta empata disputa pela liderança do campeonato no Moto 1000 GP

O Moto GP 1000 tem dois pilotos dividindo a liderança da categoria GP Light. João Victor Baptista, com a Honda da Fura 300 Racing, conquistou na linha de chegada, após 13 voltas, a vitória na segunda corrida da primeira etapa, neste domingo (10) no Autódromo José Carlos Pace, em Interlagos, São Paulo. Eduardo Costa Neto, que venceu a corrida de sexta-feira (8), cruzou a linha de chegada em segundo lugar, com Sérgio Laurentys, terceiro, completando o pódio.

A primeira volta foi marcada pelo revezamento na liderança. Batista saltou Á  frente na largada, foi superado na segunda perna do ‘S’ do Senna e retomou sua primeira posição na reta oposta. Resistiu Á s investidas do piloto da Kawasaki até a sexta volta, quando Costa Neto voltou Á  primeira posição no trecho mais lento da pista – no complemento da volta, Batista retomou o primeiro lugar no inÁ­cio da reta dos boxes para mais uma vez abrir vantagem de 0s6.

A negociação com o tráfego dos retardatários quando a corrida chegou Á  metade favoreceu Batista – sua margem foi a 2s1 na sétima volta e chegou a 3s1 na oitava. Na nona, quando passou pela reta principal tentando se comunicar com a equipe agitando a mão esquerda, a diferença caiu a 2s4. Na décima, Costa Neto chegou a aniquilar totalmente o espaço que o separava do lÁ­der, embora houvesse exato um segundo de diferença Á  linha de chegada.

Na 11ª volta, foi Costa Neto quem se beneficiou da presença de pilotos retardatários na pista. Na aproximação para a curva Bico de Pato, assumiu a ponta apontou na reta principal como lÁ­der para a abertura da penúltima volta – chegou a ser superado por Batista, que acabou perdendo o traçado ideal na frenagem para o ‘S’ do Senna e caiu novamente para segundo. Costa Neto iniciou a volta dois décimos de segundo Á  frente de Batista.

A presença dos retardatários foi novamente decisiva na volta final. Costa Neto saiu da Junção em primeiro, mas viu-se sem o espaço ideal para consolidar uma ultrapassagem. Batista aproveitou para se reaproximar, apontou na reta dos boxes como segundo colocado e obteve a poucos metros da linha de chegada a ultrapassagem que lhe valeu a vitória – a diferença final entre os dois foi de 0s145. Laurentys, o terceiro, terminou a prova a 23s390 do vencedor.

“Quando o Dudu me passou, resolvi ficar atrás dele, poupando um pouco o equipamento para o final. Eu também fiquei bastante cansado, essa corrida foi muito mais cansativa que a de sexta-feira, vi que preciso melhorar o meu preparo fÁ­sico, que não está como imaginava”, declarou Batista, piloto da Honda número 73 da equipe Fura 300 Racing. Ele compete com apoio de Fura 300 Racing, Case Tork Sul, Girux Lubrificantes e AçaÁ­ Demarchi.

Costa Neto, vencedor da corrida de sexta-feira, frisou a dificuldade que enfrenta por pilotar uma moto com motor de 600cc. “Ou eu encontro uns 30 ou 40 cavalos perdidos por aÁ­, ou vou ter que comprar uma 1.000 cilindradas”, brincou. “Está difÁ­cil segurar o pessoal de 1.000cc. Por outro lado, eu fiquei bastante surpreso com o rendimento dos pneus Michelin, que me permitiram um ritmo forte até o final. Foi uma corrida deliciosa”, definiu o piloto da Mobil Rush Racing.

Laurentys, também piloto da Mobil Rush Racing, levou sua Triumph mais uma vez ao terceiro lugar no pódio. “Perdi a referência do grupo da frente porque, no começo, escorreguei demais, com os pneus ainda frio, aÁ­ não consegui mais recuperar. No finzinho, peguei retardatários na Junção e fiquei um pouquinho mais para trás. Mas foi uma corrida bacana, com isso nós vamos fazer um campeonato muito bonito”, apostou o piloto, que é apoiado por Mobil Lubrificantes.

O Moto 1000 GP tem patrocÁ­nio oficial de Petrobras, Lubrax e BMW Motorrad, apoio de Michelin e Beta Ferramentas e parceria técnica de Servitec DinamÁ´metros, W2 Boots, Vaz, Akrapovic, K&N e MRA. O resultado final da segunda prova, depois de 13 voltas, foi o seguinte:

1º) João Victor Rodrigues Batista (MS/Honda), GP Light, 23min16s697
2º) Eduardo Costa Neto (SP/Kawasaki), GP Light, a 0s145
3º) Sérgio Laurentys (SP/Triumph), GP Light, a 23s390
4º) Eduardo Zampieri (SP/BMW), BMW S1000RR Cup, a 23s616
5º) Ricardo Kastropil (SP/BMW), BMW S1000RR Cup, a 33s629
6º) Nick Iatauro (SP/BMW), GP Light, a 1min24s316
7º) Reynaldo Mendes (SP/BMW), GP Light, a 1min24s612
8º) Leymar Sanches (SP/BMW), GP Light, a 1ub27s422
9º) Brecht Pataki Mondragon (SP/Yamaha), GP Light, a 1 volta
10º) Fábio Teixeira Neto (MG/Yamaha), GP Light, a 1 volta
11º) Rodrigo Faria (SP/Yamaha), GP Light, a 1 volta
12º) Fernando Itapura (SP/BMW), BMW S1000RR Cup, a 1 volta
13º) Samuel Andreghetto Júnior (SP/BMW), GP Light, a 1 volta
14º) DenÁ­lson de Oliveira (SP/BMW), BMW S1000RR Cup, a 1 volta
NÁƒO COMPLETOU
Glaucus Vinicius (SP/Kawasaki), GP Light, a 6 voltas
DESCLASSIFICADO
Sérgio Prates Pereira (SP/Suzuki), GP Light
Melhor volta: Costa Neto, na 12ª, 1min46s170, média de 146,109 km/h