Moto: Programa de TV discute situação do motociclismo brasileiro

Desde a última conturbada eleição da Confederação Brasileira de Motociclismo (CBM) em agosto de 2007, quando a entidade mudou de mãos, é cada vez mais comum ouvir nos boxes e paddocks reclamações sobre a nova administração. Agora, a má situação do motociclismo nacional, que nos últimos dois anos, perdeu mais da metade de sua receita total, começa a ganhar destaque cada vez maior na mÁ­dia.
Em entrevista gravada e exibida ontem no programa Limite, da ESPN Brasil, o ex-piloto da Moto GP Alex Barros e especialistas debateram sobre a atual situação do motociclismo brasileiro.

Para o maior Á­dolo brasileiro da motovelocidade nacional “o motociclismo está carente. Tenho 21 anos de carreira profissional, com tantos Moto GPs que já tiveram aqui, acho que o esporte era pra estar em outra dimensão. Ano passado o motociclismo teve uma caÁ­da muito grande em todos os aspectos: estrutura, organização, eventos”.

 
O Á­dolo concluiu ainda dizendo que “Os dirigentes das federações e da confederação não fizeram o trabalho que tem que ser feito. Não fizeram o trabalho na organização, nos projetos tanto no nacional quanto nos regionais”
 
Já para o comentarista especializado Flavio Gomes “o motociclismo morreu, acabou. Por conta única e exclusiva dos dirigentes. Em geral os dirigentes esportivos brasileiros são uma porcaria. Não tem lugar no mundo onde se vende mais motocicletas que no Brasil e todas as montadoras sabem disso”.
 
Os especialistas do programa de TV ainda sugeriram que com tanta marca de moto no Brasil, os dirigentes deveriam sentar com as montadoras, inclusive as chinesas e propor um campeonato barato voltado para revelação de novos talentos.
 
No ano passado, o Campeonato Brasileiro de Motovelocidade foi considerado pelos pilotos como o mais fraco dos últimos anos. Devido ao baixo nÁ­vel de organização da competição e a falta de mÁ­dia.
 
“Temos que ser muito gratos a iniciativas como esta, do SBK Series. A motovelocidade no Brasil estava acabando. Desde que esta atual gestão assumiu, há dois anos, o nÁ­vel do campeonato caiu muito, muita gente deixou de competir e, mesmo quem ainda participava, estava desanimado e disposto a parar”, comentou Alecsandre “Doca” Brieda, que tem seis tÁ­tulos brasileiros no currÁ­culo, se referindo ao SBK Series, evento que, de forma inédita, está sendo organizado pela iniciativa privada.