Motocross: Conheça o estilo de vida dos pilotos de Motocross

Eles passam oito meses por ano fora de suas casas e vivendo praticamente em tempo integral dentro de um motorhome. Cruzam praticamente 100 mil quilÁ´metros todo ano em busca de um sonho: conquistar o tÁ­tulo mundial de Motocross. Somadas as categorias MX1 e MX2 são mais de cem postulantes ao tÁ­tulo, sendo que, no final, apenas dois saem vencedores.

“Com certeza é uma vida muito sacrificante. Por mais que a gente tente reproduzir a atmosfera de casa no motorhome nunca é a mesma coisa. Ainda tento levar minha famÁ­lia nas provas que são mais perto de casa mas acaba que, a maior parte do ano, fico mesmo longe deles”, conta Rui Gonçalves, piloto português que, atualmente é vice lÁ­der na MX2.

Ele passa quase metade do ano no motorhome. De março a setembro, praticamente não vai em casa. Quando percebe que passa quase metade do ano dentro do motorhome, o piloto se assusta. “Nossa, é verdade… realmente passo quase metade do ano dentro dele. São raras as etapas que dá tempo de passar em casa. Geralmente, vamos de uma etapa para a outra direto”, disse.
 
Os motorhomes dos pilotos são verdadeiras “casas-ambulantes”. Todos eles têm cozinha, banheiro, televisão, DVD e alguns, até quarto separado para o piloto. Um motorhome de uma equipe de ponta chega a custar até R$ 300 mil
 
Apesar de ser um dos esportes a motos que envolve menos custo, o Motocross continua a ser um esporte muito caro. Rui acredita que um piloto de ponta não consegue fazer uma boa temporada investindo menos do que R$ 200 mil, ou seja, quase RS 14 mil por prova.
 
Rui Gonçalves é um dos melhores pilotos do Mundial de Motocross, e compete pela equipe Red Bull KTM. O piloto possui uma grande estrutura para enfrentar todos os desafios da temporada. Para os pilotos privados, a situação é ainda mais difÁ­cil.
 
O piloto mineiro Jorge Balbi, maior nome do Brasil no esporte na atualidade, corre o AMA Motocross e, durante muitos anos, correu em um esquema totalmente privado. O piloto comenta um pouco sobre as dificuldades.
 
“Não foi uma nem duas vezes quando tive que cruzar os EUA dirigindo e cheguei em cima da hora do treinamento na pista. Enquanto isso, meus adversários foram de avião, chegaram antes, estavam descansados e focados só em competir. Em um esporte de alto nÁ­vel, isso faz toda a diferença”, comparou.
 
Durante este perÁ­odo em que competiu de forma privada, o mineiro acumulou uma série de histórias. Já quase ficou fora de uma prova porque seu motorhome quebrou no meio do caminho e já teve que rodar os boxes das grandes equipes atrás de peças emprestadas, mas nada se compara a história do Daytona Bike Week, quando Balbi conseguiu seu melhor resultado.
 
O Honda GP do Brasil é patrocinado pela Honda, com o apoio do Governo do Estado de Santa Catarina, além de contar com a parceria de mÁ­dia do Grupo RBS. O evento é realizado pelo Grupo LANCE! em parceria com a Youthstream e supervisionado pela FIM-Federação Internacional de Motociclismo, Confederação Brasileira de Motociclismo e pela Federação Catarinense de Motociclismo.