Motocross: Dunas opta por realizar Supercross somente em 2010

Efeitos da crise mundial, que continuam abalando os principais eventos do esporte a motor, foram o principal motivo.

Até pelos custos de participação para equipes e pilotos, o esporte que mais visivelmente sofreu o impacto da ainda ativa crise mundial é o motorizado. No final do ano passado, os sinais de que um perÁ­odo turbulento se avizinhava se concretizaram com algumas baixas históricas: a Honda saiu da Fórmula 1, a Mitsubishi decidiu não disputar o Rally Dacar, enquanto Subaru e Suzuki desistiram do Mundial de Rally. São marcas que tradicionalmente registram grande sucesso em competições internacionais. Agora, no Brasil, mais uma notÁ­cia dá a medida da crise de 2009: o Dunas Supercross, válido pelo Campeonato Brasileiro da modalidade, que seria realizado pela terceira temporada consecutiva, foi adiado para 2010.

“Tivemos que fazer esta opção porque, logicamente devido Á  crise que ainda não terminou, o mercado permanece combalido”, resumiu Marcos Moraes, presidente da Dunas Race, empresa que realiza o Supercross e também o Rally Internacional dos Sertões – a segunda maior competição fora-de-estrada do mundo.

Decisão difÁ­cil – O Dunas Supercross estava agendado para acontecer no segundo semestre de 2009, com cinco etapas realizadas em três finais de semana em diferentes Estados do Brasil. Mas a confirmação do adiamento veio com a desistência oficial da Honda, que seria a principal patrocinadora do evento. “Temos cidades interessadas em sediar a corrida, que movimenta o turismo local e divulga a região, e contamos também com alguns patrocinadores que, devido aos problemas que enfrentam, tiveram que reduzir sua participação. Então, optamos pelo adiamento. Foi uma decisão difÁ­cil, tanto que a adiamos o máximo que podÁ­amos, mas acabou sendo inevitável”, detalha Marcos Moraes.

Importante para o esporte – Em 2008, o Dunas Supercross reuniu, nas cinco etapas realizadas, 24.700 torcedores, com média de público de 4.940 pessoas por corrida. Os campeões da temporada passada foram: Jorge Balbi, na SX1 (motos 250cc 2 tempos e 450cc 4 tempos), e Jean Carlo Ramos, na SX2 (motos 125cc 2 tempos e 250cc 4 tempos).

Apesar de sua curta história, o torneio já desponta como um dos principais pilares do motocross no Brasil – o supercross é uma variante mais técnica e exigente da modalidade. O projeto para 2010 já está em andamento. “O entusiasmo do público e dos competidores é a maior medida de que este é um evento maravilhoso”, diz Marcos Moraes. “Por isso, antes mesmo de decidirmos encerrar o projeto de 2009, a versão 2010 já estava sendo trabalhada por nossa empresa. Teremos inovações e novidades dentro e fora da arena. São idéias que vão novamente entusiasmar a todos”, diz o presidente da Dunas, ele próprio um praticante apaixonado pelo fora-de-estrada.

Sobre o Supercross:
O Supercross é uma disputa para motos de cross em uma pista de terra com 500 metros de extensão. A arena é preparada especialmente para receber os pilotos e permitir que o público acompanhe a adrenalina de cada manobra e disputa por posições das feras que ficam mais de 70% do tempo no ar.

A competição voltou ao Brasil em 2007, dentro de moldes internacionais. A cenografia é única e exclusiva, o regulamento é especifico para a modalidade e a parte técnica é o desafio que leva tantas jovens estrelas a participarem do Supercross.