Embora integrante de uma das escuderias mais poderosas da MotoGP, a Fiat Yamaha, Valentino Rossi mostra preocupação com os colegas que não têm a mesma oportunidade. Para o italiano, precisam ser tomadas medidas para diminuir a força das motocicletas de fábrica, que vêm dominando aquelas de times pequenos nos últimos anos.
Com três grandes montadoras dividindo o favoritismo na MotoGP – Yamaha, Ducati e Honda -, as equipes independentes, que utilizam motos secundárias dessas mesmas marcas, têm ficado sem chances de brilhar a partir do aumento de custos e das “sofisticações” dos equipamentos, conforme assinalou Rossi Á revista Motosprint.
Assim, nenhuma equipe menor venceu na categoria desde 2006, quando Toni Elias levou a Honda Gresini ao triunfo em Estoril. “Nossas motocicletas estão tão sofisticadas que apenas poucas fábricas podem fazê-las”, disse o atual campeão do mundo, garantindo ainda que esse contexto obrigou o grid a se reduzir neste ano para apenas 18 motos.
“Portanto o número de pilotos ficou reduzido, e não há mais times privados. Até 2006 equipes assim podiam lutar pelo tÁtulo, como fez (Marco) Melandri”, continuou Rossi, em menção ao compatriota vice-campeão da MotoGP também a bordo da Honda Gresini. “Desde 2007, com as 800cc, o diferença entre grandes e pequenos ficou enorme, e nosso esporte se tornou elitista demais, o que não é bom”.
Exibindo conhecimento de causa, o dono de cinco tÁtulos na elite do motociclismo ainda deu o que seria parte da solução desse problema.
“Por que as minhas motos têm de ser jogadas fora no fim de cada ano em vez de serem vendidas a uma escuderia independente que poderia empregar mais dois pilotos?”, perguntou-se o homem de Urbino. “Chegamos a um nÁvel em que a Yamaha não quer que os outros vejam como seu equipamento foi fabricado, mas assim fica difÁcil haver um grid legal, que para mim deveria englobar 24 pessoas”.
Fonte: Gazeta Press