Papo de Box: Parado é que não podemos ficar…, por Betinho Gresse

O campeonato da StockCar só começa em abril, porém as atividades não páram. Além de trabalhar como Instrutor do Centro de Pilotagem Roberto Manzini todas as terça-feira, faço vários eventos realizados no Autódromo de Interlagos que acontecem ao longo do ano. Sem dúvida é uma maneira que encontrei de poder estar trabalhando com o que eu amo e manter um contato direto com as pistas.

Sejam através dos cursos ou dos eventos, acabo fazendo muitos contatos bons, o que automaticamente abrem grandes portas. E a última delas foi o convite para participar dos 1000Km de Interlagos, dirigindo um protótipo Spyder, ao lado de dois Italianos, Mauro Fiamma e Federico Fiamma, pai e filho.

Foi muito bom participar dessa corrida, ainda mais em um Spyder, um carro que gosto muito de pilotar, onde já venci algumas provas no Campeonato Paulista de 2005, e guardo ótimas recordações. Largaram 31 carros ao todo nos 1000Km, classifiquei o carro em 11º na geral. A corrida inteira foi de baixo de muita chuva, inclusive com a entrada do safety-car no inÁ­cio da prova, devido as péssimas condições da pista. Fiz a primeira tocada de uma hora e meia, entregando o carro em segundo lugar na geral, somente atrás do Serrinha com a Maserati Light; porém já vinha sentindo um cheiro forte de combustÁ­vel e avisei a equipe. Na troca de pilotos o problema foi identificado, ao reabastecer o tanque, havia uma trinca grande na solda, por onde vazava muito combustÁ­vel. Com isso, não tÁ­nhamos outro tanque reserva, perdendo umas 45 voltas parado nos boxes até a troca efetiva do mesmo. Se não bastasse a correria, montamos um tanque que devia estar parado a uns dois anos, e não deu outra, o Sr. Mauro saiu e a cada duas voltas tinha que parar pois entupiu tudo com a sujeira.

Entre trancos e barrancos, numa prova longa onde é primordial a constância e a não quebra do equipamento, já não tÁ­nhamos como recuperar tal diferença que era de muitas voltas, mas conseguimos mesmo assim terminar a prova e receber a bandeira quadriculada. Fazendo a última troca já de noite, depois de pegar o carro do Federico, só me restou me divertir na pista. Guiar de noite é uma experiência incrÁ­vel, e naquele momento começou a formar um trilhozinho seco, dava risada sozinho, só quem corre para entender essa sensação. Muito bom!!!

Foram oito horas de corrida, e mais ou menos 230 voltas. Uma experiência excelente para uma temporada que promete muitas emoções ao longo do ano.

Muito obrigado mais uma vez por me acompanharem mais de perto!

Um grande abraço Á  todos e um ótimo Carnaval