Rally Dakar: Peso traz dificuldades para Kolberg

Valtra Dakar Eco Team completou sem problemas técnicos o segundo dia do Rally Dakar. No entanto, estrutura de reforço do carro e tamanho do tanque aumentaram o peso do carro.

O segundo dia do Rally Dakar foi um pouco mais curto do que os 251 quilÁ´metros cronometrados para os competidores por causa das fortes chuvas que atingiram a cidade de Colón. A largada para a especial até Córdoba foi deslocada 52 quilÁ´metros adiante, diminuindo o percurso para 199. Apesar disso, o dia para o Valtra Dakar Eco Team foi de uma importante conclusão: o carro funcionou bem com o etanol, mas o peso do veÁ­culo deverá trazer dificuldades para o piloto Klever Kolberg e o navegador Giovanni Godoi. 2h52min

“A especial de hoje foi mais puxada do que eu imaginava”, afirmou Kolberg, que iniciou sua 22ª participação no Dakar e completou a especial entre Colón e Córdoba em duas horas e 52 minutos – os mais rápidos foram o espanhol Nani Roma e o francês Michel PerÁ­n, com o BMW X3, em 2h11min15s. “Começou rápido, com algumas retas e estradas largas, mas depois entramos em estradas de terra com muitas pedras e curvas, trechos sinuosos de serra com subidas, descidas e vários abismos. Foi um dia bastante exigente para o carro, para o piloto e para o navegador”, detalhou.

O Mitsubishi Pajero Sport Flex é o primeiro e o único carro inscrito no Dakar a competir exclusivamente usando o etanol como combustÁ­vel. “O Dakar deste ano, para nós, vai ser de muito aprendizado. Então, nosso foco está totalmente direcionado em terminar o rally. Não estamos pensando agora em competitividade”, contou. Por causa das adaptações do carro – o tanque de 560 litros (o da versão de rua tem 80 litros), por exemplo -, algumas partes tiveram de receber reforços, como suspensão e o próprio tanque, que tem uma caixa protetora, além dos suportes.

“Até por causa da quantidade de etanol no tanque, estamos até 400 quilos acima do peso, então será impossÁ­vel buscarmos alguma performance, até porque em trechos como o que enfrentamos hoje, bastante sinuosos, os freios são muito exigidos; e com o peso do carro, eles sofrem bastante”, explicou Klever, que espera outra dificuldade: “No quarto dia enfrentaremos muitas dunas e piso arenoso e isso, aliado ao peso, vai fazer o motor forçar além do normal. Então teremos que tomar muito cuidado”.

“Mas o Dakar é isso. As dificuldades vão só crescendo ao longo do rally”, disse Klever. Amanhã (3) serão 687 quilÁ´metros entre Córdoba e La Rioja, 355 deles cronometrados.