Rally dos Sertões: Prova termina com muitas emoções e Peterhansel é bi

Neste sábado, as expectativas se confirmaram e os franceses Stephane Peterhansel e Jean-Paul Cottret sagraram-se campeões do Rally dos Sertões 2013. Peterhansel conquista o bicampeonato nos carros, ao completar a décima etapa, entre as cidades de Goianésia (GO) e Goiânia (GO), completando o trecho de 123 quilÁ´metros de especial em 1h30min29s.

Terminaram a etapa na segunda posição entre os carros Cristian Baumgart e Beco Andreotti, seguidos por Guilherme Spinelli e Youssef Haddad, terceiros colocados.

Na classificação geral do Rally dos Sertões, Spinelli e Haddad foram os melhores brasileiros, encerrando a competição na segunda colocação, com 1h49min01s de desvantagem em relação a Peterhansel e Cottret. Fechando o top 3 da categoria carros vieram João Franciosi e Rafael Capoani.

“Meu segundo tÁ­tulo do Sertões e já pude perceber que este rali nunca é fácil. Foi uma corrida dura, longa, dias longos, muita quilometragem, dez dias não é moleza. A respeito da luta pelo tÁ­tulo foi um pouco mais fácil para mim porque o Guiga enfrentou problemas desde o inÁ­cio, então para liderar foi tranquilo, mas mesmo assim forçamos o ritmo praticamente todos os dias para testar o limite do carro, e sob estas condições não é fácil completar”, disse Peterhansel. “A organização foi muito boa, o roteiro foi excelente e é um prazer pilotar aqui. Por mim volto aqui no próximo ano, mas não é uma decisão que depende só de mim. Vamos ver o que a equipe está preparando para 2014”, elogiou o francês.

Entre as motos, o campeão foi o português Paulo Gonçalves. Na décima e última etapa, o espanhol Marc Coma foi o piloto mais rápido, completando a especial em 1h26min51s. No dia, Cyril Després foi o segundo e Gonçalves terminou na terceira colocação.

Gonçalves entrou na etapa final com 25min49s de folga em relação a Després. O francês da Yamaha ainda foi capaz de diminuir a desvantagem, mas mesmo assim não evitou que o representante de Portugal ficasse com o caneco.

Paulo Gonçalves encerrou as dez etapas do Rally dos Sertões com tempo total de 30h27min38s, com 25min de diferença em relação a Cyril Després. Marc Coma foi o terceiro colocado geral, ficando 36min24s atrás do ponteiro.

“Conquistei algumas etapas na competição. Das dez especiais, eu estive em nove entre os três primeiros. Quase não cometi erros e venci com uma margem de acertos muito maior do que esperava. Estou muito satisfeito e agora continuarei a trabalhar para fazer mais ganhos”, disse Paulo Gaonçalves.

E se nos carros e nas motos os tÁ­tulos foram conquistados com certa folga, nos quadriciclos a disputa foi muito mais acirrada. Robert Nahas e Marcelo Medeiros protagonizaram uma batalha interessante na décima etapa. Com uma pequena vantagem em relação a Medeiros, Nahas viu o rival triunfar neste sábado, mas como Medeiros descontou apenas 4min30s, o desempenho não foi suficiente para estragar a festa do paulista, que conquistou seu décimo tÁ­tulo nos Sertões.

Mauro Almeida foi o terceiro colocado na classificação geral, seguido pelo polonês Rafal Sonik, que fechou na quarta colocação. Daniel Mazzucco completou o top 5 entre os quadriciclos.

Nos caminhões, como já era de se esperar, o campeão foi o trio formado por Edu Piano/Solon Mendes/Antonio Salles, que terminou com 14h38min09s de vantagem em relação a Guido Salvini/Flavio Bisi/Fernando Chwaigert.

É o sexto tÁ­tulo do paulista Edu Piano no Rally dos Sertões, mesmo número do rival fluminense Guido Salvini.

“Este ano o rali foi bem legal. A prova estava muito difÁ­cil, mas o caminhão e a equipe estavam bem preparados. A navegação do Solon foi perfeita e tudo correu bem. No ano passado deixamos a vitória escapar pelos vãos dos dedos: liderávamos a cada etapa com uma folga bem grande e sofremos uma quebra de cardã na penúltima especial. Este ano, graças a Deus, deu tudo certo”, falou Piano, que já disputou de 18 edições do Rally dos Sertões.

Nos UTVs, o penúltimo dia decidiu o tÁ­tulo. Na última sexta-feira, Bruno Sperancini e Lourival Roldan estavam folgados na liderança da categoria, com 14min22s de vantagem em relação aos vice-lÁ­deres Rodrigo Varela e João Arena. Porém, Sperancini e Varela foram punidos com o tempo máximo da prova (5h30) e perderam mais tempo por não terem passado por alguns way points. Sperancini perdeu mais tempo ainda, pois teve que trocar de motor. Assim, com os problemas de Sperancini/Roldan e Varela/Arena, Carlo Collet e Marcos Gouvea, que, no penúltimo dia, estavam com uma grande desvantagem de 8h45 minutos em relação aos lÁ­deres, acabaram vendo o tÁ­tulo cair em seus colos. O vice ficou com Varela/Arena e, em terceiro, veio Sperancini/Roldan.

“Rally dos Sertões é Rally dos Sertões. Só acaba quando chega aqui. Eu tinha esperanças. Se eles quebrassem, cairia na minha mão. Então, eu vim andando mais rápido também, para tirar diferenças. Sabia que qualquer penalidade, eu conseguiria. Eu estava meio assim, porque tinham dois na frente. Mas ai no penúltimo dia, que foi super puxado, super difÁ­cil, eu mesmo tive problemas. Quebrou uma roda, furaram dois pneus, mas eles tiveram mais problemas que eu e não conseguiram acabar e ai veio o tÁ­tulo”, comemorou Carlo Collet. “O rali foi legal, bem duro, mas foi um super rali! O Jalapão como sempre também bem duro, mas valeu, foi ótimo. Eu já disputei 12 Sertões e ganhei seis. Foram dez de quads e eu ganhei cinco. E agora dois de UTVs e eu ganhei um. Hoje vim nas pontas dos dedos”, finalizou.