Stock: Cacá vence no DF e leva decisão para Curitiba

Max Wilson assume a liderança com 2º lugar; Xandinho sai em último e chega em 7º

A possibilidade matemática já não ajudava muito, a má sorte do pole Ricardo MaurÁ­cio (RC) colaborou e a vitória de Cacá Bueno (Red Bull) na 11ª e penúltima etapa adiou a decisão da Stock Car para a batalha final de Curitiba no dia 5 de dezembro. Numa corrida emocionante, pontuada por disputas em todos os pontos da pista, problemas com os pneus, duas entradas do safety car e atuações brilhantes, como a de Xandinho Negrão (Medley), 32º e último no grid e 7º na bandeirada quadriculada, a liderança do campeonato mudou de mãos, mas não de equipe. Com o segundo lugar e o abandono do companheiro MaurÁ­cio, Max Wilson assumiu a ponta da tabela com 267 pontos, contra 261 de Cacá.

A prova, na verdade, parecia destinada a cumprir o roteiro esperado pela maioria. Depois de sair na frente, MaurÁ­cio deu as cartas até Á  29ª das 46 voltas, quando o pneu esquerdo traseiro estourou. Foi um desfecho frustrante para o piloto que chegou a BrasÁ­lia comandando a classificação e poderia até assegurar o bi por antecipação, dependendo da combinação de resultados. O prejuÁ­zo foi enorme: MaurÁ­cio caiu para a quarta colocação, com 251 pontos e um atrás de Allam Khodair, e terá uma missão complicada na capital paranaense.

A segunda vitória de Cacá na temporada – a primeira veio em agosto em Salvador – foi conseqüência não apenas do inegável talento do tricampeão, mas também da acertada estratégia de parada nos boxes para reabastecimento de troca de pneus. Com o bom trabalho nos boxes, Cacá – que andou em 6º no inÁ­cio depois de sair em 4º – voltou próximo de MaurÁ­cio, de quem herdaria a posição pouco depois. “Esperávamos uma corrida difÁ­cil porque nos dois últimos anos nosso carro nunca andou muito bem nos circuitos ovais. Tanto que na classificação passei para o Q2 na última colocação. Foi mais o resultado da estratégia”, reconheceu, contente com a notÁ­cia de que a prova no Paraná utilizará o circuito misto e não mais o anel externo. “Nossas chances aumentam, sem dúvida”, acrescentou Cacá, que não se furtou a apontar os principais candidatos ao tÁ­tulo. “Acho que a briga ficará mesmo entre eu e o Max”, arriscou.

Max saiu e 7º e também foi beneficiado pela parada nos boxes no momento certo. “Tem dia que a gente erra, tem dia que a gente acerta. Hoje a gente acertou na estratégia. O resultado foi excelente e espero manter a posição em Curitiba, mesmo sabendo que meus adversários são de alto nÁ­vel”, comentou Max, que ultrapassou Thiago Camilo (Vogel) e Daniel Serra (Red Bull) nas últimas voltas e somou os pontos necessários para tomar a dianteira do campeonato.

Além dos pilotos que subiram ao pódio, chamou a atenção o impressionante desempenho de Xandinho Negrão. Ášltimo no grid, depois de um desempenho desalentador nas tomadas de tempo no sábado, o piloto campineiro extraiu o máximo de um carro que precisou receber outro motor e passou por mudanças radicais no acerto. Xandinho ganhou nada menos do que 25 posições. “Acho que nunca ultrapassei tanta gente numa corrida só. Com mais uma entrada do safety car ou mais alguns minutos de prova, tenho certeza que terminaria brigando lá na frente”, comemorou.