Stock: De casa nova, Losacco quer lutar pelo terceiro campeonato

De casa nova, o bicampeão Giuliano Losacco ainda não conseguiu repetir neste ano as performances que lhe deram os tÁ­tulos de campeão da Stock Car V8 de 2004 e 2005. Sua maior dificuldade neste começo na equipe JF Racing é tirar o melhor de seu Peugeot 307 nas provas de classificação.

Mas não perde o otimismo. Nas três corridas já realizadas, ele já somou 22 pontos e está em sexto no campeonato, com boas chances de se incluir entre os 10 pilotos que vão disputar o tÁ­tulo nas quatro provas finais do campeonato.

Com 31 anos de idade e 18 de pista, Giuliano sabe que automobilismo se faz por meio de tentativas e erros. E para evoluÁ­rem, piloto e engenheiro têm de aprender a falar exatamente a mesma linguagem. “A fase é de conhecimento mútuo”, avalia o piloto da Texaco. “Quando o piloto fala que o carro sai muito de frente ou de traseira, o engenheiro não tem como quantificar exatamente o que o piloto considera muito. Leva tempo até ele saber como regular o carro para o estilo de um piloto recém-chegado Á  equipe”.

É nessa falta de conhecimento que Giuliano e Jorge Freitas, dono e diretor técnico da equipe JF Racing, vêm trabalhando. A maior dificuldade é o acerto do Peugeot número 9 para as provas de classificação. Nas duas primeiras etapas, em circuitos diferentes como Interlagos e BrasÁ­lia, ele largou em 19º; na terceira, neste domingo em Curitiba, em 18º. “Não sabemos o que aconteceu”, revela o piloto. “Na sexta-feira, o carro estava ótimo e fiz o oitavo tempo. Quando colocamos pneus novos, no sábado, em vez de melhorar ele piorou”.

A experiência de Giuliano, porém, o levou ao oitavo lugar na corrida. “Quando não dá para ganhar, o negócio é marcar pontos. Assim, mantenho condições de ficar entre os 10 primeiros que vão decidir o tÁ­tulo no fim do ano. Até lá, eu e os engenheiros da equipe vamos nos conhecer melhor e trabalhar juntos na evolução do carro”, ensina o piloto, que tem como companheiro de equipe o jovem e veloz Átila Abreu, a revelação deste inÁ­cio de temporada.

“Para mim, está sendo ótimo. O Átila me faz exigir o máximo de mim mesmo. E como ele é muito rápido, cada um de nós pode trabalhar em uma direção e no fim os dois colhem bons resultados. Todas experiências que eu ou ele fazemos têm o mesmo efeito para um e para o outro. O que eu aprovo funciona para ele e o que ele aprova funciona para mim. Até agora, tudo vai bem para mim na JF Racing. Só falta melhorar as posições de largada. Mas já estamos no caminho certo”.