Stock: Na Bahia automobilismo brasileiro estréia tecnologia da F1

Diretor de prova contou com sofisticado circuito fechado de TV para acompanhar a corrida

A sexta etapa do Campeonato Brasileiro de Stock Car V8 marcou a estréia em provas nacionais de um sistema de TV similar ao empregado nas corridas de Fórmula 1. Resultado de estudos desenvolvidos pelo Conselho Técnico Desportivo Nacional (CTDN) junto aos organizadores das principais categorias de automobilismo no PaÁ­s, o circuito fechado de TV disponibilizado Á  direção da prova realizada no circuito Ayrton Senna é uma ferramenta que deverá ser adotada paulatinamente em todas as modalidades de pista, conforme explica o presidente do CTDN Nestor Valduga:

“Essa ferramenta é parte de um projeto mais amplo que foi apresentado aos organizadores de competições nacionais, que acolheram positivamente a nossa sugestão. A proposta da CBA é trabalhar para viabilizar sua utilização em todos os campeonatos de pista disputados no Brasil”

Baseado em um equipamento de tecnologia digital capaz de gravar simultaneamente as imagens geradas pelas câmeras espalhadas ao longo do circuito, o equipamento permite ao diretor de prova e seus auxiliares diretos acompanhar com mais segurança e detalhes tudo o que acontece ao longo do circuito, além de analisar a dinâmica de um acidente ou incidente sem interromper a gravação do canal que está sob investigação. Além disso, durante o estudo do material registrado é possÁ­vel ampliar qualquer detalhe da imagem juntamente a um cronometro parcial ligado ao horário oficial do evento, o que facilita o entendimento da dinâmica do tema em discussão.

No caso da prova de Salvador foram utilizadas dez câmeras de TV conectadas a um sistema independente do montado pela captação de imagens destinada Á  transmissão da prova pela TV aberta. A capacidade de captação pode ser ampliada ou reduzida de acordo com as necessidades de cada circuito, caracterÁ­stica que também influencia na decisão dos organizadores em usar a ferramenta, como explica Carlos Col, da Vicar, empresa responsável pela promoção da Stock Car:

“Nós entendemos que uma prova em circuito de rua, onde a visibilidade é reduzida por causa de muitos pontos cegos, o investimento no aluguel desse equipamento, que no caso de Salvador chegou a cerca de R$ 40 mil, justifica-se plenamente.”

Para o presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo, Cleyton Pinteiro, a estréia dessa ferramenta marca uma nova fase no automobilismo nacional:

“Muito além das vantagens imediatas de maior segurança e agilidade nas decisões tomadas pelo diretor de prova, o modo como este sistema derivado diretamente do modelo empregado na Fórmula 1 é explorado marca uma nova fase no relacionamento entre a CBA e os promotores brasileiros.”