Stock: Pilotos da Stock Car desistem da viagem de avião a Londrina

Ricardo MaurÁ­cio e Marcos Gomes seguem de carro para a quinta etapa.

A atual crise do sistema aéreo nacional já está provocando reflexos até na Stock Car, principal categoria do automobilismo brasileiro. Temendo os repetidos atrasos na partida dos vÁ´os, os paulistas Ricardo MaurÁ­cio e Marcos Gomes, companheiros na Equipe Medley, decidiram seguir de carro para Londrina, onde a quinta etapa da temporada será disputada neste domingo no Autódromo Internacional Ayrton Senna.

Vencedor da corrida de abertura do calendário em Interlagos, o vice-lÁ­der Ricardo MaurÁ­cio chegou a marcar viagem para a manhã da quinta-feira, embora seu primeiro compromisso na cidade – uma carreata pelas principais avenidas do centro – esteja programado para o perÁ­odo da noite. No entanto, foi convencido por Marcos Gomes a trocar o avião pelo automóvel. “Cancelei minhas reservas porque não quero correr o risco de ficar preso por horas numa sala de embarque”, justificou Gomes, nono colocado na classificação do campeonato.

MaurÁ­cio e Gomes, no entanto, garantem que não estão preocupados com a questão da segurança no aeroporto mais movimentado do PaÁ­s. “Não acredito que esteja mais perigoso viajar de avião nestes dias. O que pega mesmo é o problema da organização e dos constantes atrasos e cancelamentos”, observa MaurÁ­cio. Gomes reconhece que o momento inspira precaução, depois da tragédia da semana passada, mas concorda com a avaliação do parceiro. “Não estou com medo de viajar de avião. Só não quero correr o risco de perder meus horários”, completa.

Os pilotos da Equipe Medley estão entre os Top 10, que decidiriam o tÁ­tulo nas últimas quatro provas caso a fase classificatória estivesse terminada. MaurÁ­cio está a apenas sete pontos de Thiago Camilo (Vogel/Texaco) e sonha com um resultado no norte paranaense que praticamente ratifique sua passagem aos playoffs. “Uma vitória seria o ideal, mas um pódio também já me deixaria em posição confortável e em condições de administrar o resultado nas próximas três provas. Não basta entrar entre os 10; é preciso começar a fase decisiva entre os primeiros”, lembra MaurÁ­cio.

No ano passado, defendendo a Katalogo Racing, MaurÁ­cio largou e chegou em 6º. “Gosto do circuito, que é muito técnico por causa das diferentes curvas. Além disso, os carros do Andreas Mattheis (diretor-técnico da Medley) sempre andaram bem na pista. Só torço para que não chova. No molhado, os nÁ­veis de segurança caem praticamente a zero por causa do spray provocado pelos carros e pela falta de área de escape nas curvas no fim das retas dos boxes e oposta. São curvas onde você freia virando o volante. Qualquer descuido e a batida é inevitável”, conclui.