Stock: Suspensão quebra e tira Xandinho do Top 10

A Medley viveu um dia para ser esquecido neste domingo em BrasÁ­lia. Depois de largar na pole e conquistar a vitória nas duas provas realizadas na Capital Federal em 2008, a atual campeã de equipes e pilotos viu seus dois carros ficarem pelo meio do caminho na terceira etapa da temporada.

Com a suspensão traseira esquerda quebrada, Xandinho Negrão parou na 31ª volta e se juntou nos boxes ao parceiro William Starostik, que também estava fora desde a 11ª depois de um choque com Daniel Serra. Os dois assistiram juntos aos momentos finais da corrida que levou Allam Khodair Á  primeira vitória na categoria depois de 51 participações na Stock Car.

De olho nos monitores de tevê e cronometragem, Xandinho lamentou a saÁ­da precoce. Ele saiu em 14º, vinha fazendo uma prova segura e ocupava a 8ª colocação quando a suspensão não resistiu no meio da Curva 1. “Eu chegaria sem grandes dificuldades novamente em 8ºâ€, comentou Xandinho, que terminou nessa colocação há três semanas em Curitiba. O prejuÁ­zo foi grande: com o abandono, despencou da 8ª para a 14ª posição na classificação, com os mesmos 14 pontos.

Xandinho ganhou várias posições com a bem-sucedida estratégia de parada nos boxes da Equipe Medley. Como o carro mostrava rapidez e equilÁ­brio, indicando que suportaria as conhecidas exigências do asfalto de BrasÁ­lia, o diretor-técnico Andreas Mattheis abriu mão da troca de pneus e fazer apenas o reabastecimento obrigatório. “Foi a decisão correta”, elogiou Xandinho. “Estou certo que os pneus agüentariam até o fim”, completou. “Eu já estava com a corrida estabilizada, havia conseguido escapar das confusões do inÁ­cio e o carro já não saÁ­a de frente por causa da baixa pressão dos pneus no começo da corrida.”

Starostik completou a terceira prova fora da zona de pontos. Segundo ele, o incidente na Curva 2, que acabaria envolvendo também o campeão Ricardo MaurÁ­cio, poderia ter sido evitado por Daniel Serra. “Eu vinha fazendo a curva por fora e ele tinha espaço para fazer por dentro, mas acertou minha roda traseira direita. Para alguém que estava entre os 10 e quer entrar nos playoffs, ele deveria ter sido mais cuidadoso”, analisou.

O piloto paranaense ficou satisfeito com o rendimento do carro até o momento do incidente. “Eu estava andando num ritmo forte, mais veloz que o Thiago Camilo, que seguia logo Á  minha frente. Mas preferi não forçar uma situação, ao contrário do Daniel. Minha meta era chegar ao final e receber a bandeirada na zona de pontos. Tinha tudo para dar certo, mas infelizmente não foi possÁ­vel desta vez.”

O vencedor, ao contrário, fez uma prova das mais tranqüilas. A não ser por uma breve pressão de Átila Abreu nas primeiras voltas, o pole Khodair não enfrentou oposição. Nem mesmo a entrada do safety car já na parte final ajudou os adversários, que em nenhum momento puderam encarar o ritmo superior do carro da equipe Full Time.