Stock: VÁ­tima de mais um acidente na Stock Car, Muffato sofre fratura no punho esquerdo

Campeão de 2003 ficará com braço engessado por duas semanas e garante que terá condições para correr em Campo Grande no dia 21.


A equipe Amir Nasr viveu sentimentos opostos neste domingo (30), na segunda etapa do Campeonato Brasileiro de Stock Car V8. Por um lado, o clima foi festivo pelo segundo lugar do sul-mato-grossense Hoover Orsi no Autódromo Internacional de Curitiba, resultado que lhe valeu a liderança da competição. Por outro, o clima foi de apreensão e preocupação, diante do forte acidente que tirou da disputa o paranaense David Muffato, outro piloto do time.

Muffato, que tem o carro 35 decorado nas logomarcas de CEB, Banco de BrasÁ­lia, Nutriday, Würth, Drugovich e Puma, abandonou na 24ª volta, depois de ser atingido pelo carro desgovernado do também paranaense Júlio Campos. A equipe de resgate levou alguns minutos para tirá-lo do carro com segurança. “Nem vi o que aconteceu”, disse o campeão de 2003, que já contornava o “S” de baixa quando o carro de Campos, escapando de traseira, o atingiu.

Atendido ainda na pista pela equipe do doutor Dino Altmann, David teve o braço esquerdo imobilizado, diante da suspeita de fratura no punho. Duas horas depois, o piloto submeteu-se a sessões de radiografia em Curitiba. Os exames comprovaram a fratura no braço esquerdo e lesão em dois ligamentos. “Quando você vê que vai bater, tira a mão do volante para evitar isso. No meu caso, como não vi nada, não tive tempo para fazer isso”, diz o piloto.

Apesar de sua gravidade, a lesão não representa a maior preocupação do piloto. “Vou ficar com o braço engessado por duas semanas, mas com fisioterapia e os cuidados necessários para soltar o punho, até o dia da próxima corrida já vou estar recuperado”, confia o piloto, citando a terceira etapa, que será disputada no dia 21 de maio em Campo Grande. “Vai ser uma prova importantÁ­ssima para mim, porque ainda não marquei nenhum ponto”, ele diz.

Nas duas primeiras corridas do ano, Muffato abandonou em decorrência de acidentes causados por outros pilotos. “O que está acontecendo é absurdo, eu levei pancadas por trás em Interlagos e em Curitiba, e nas duas corridas eu estava na zona dos pontos, para conseguir bons resultados. Os pilotos que provocaram acidentes em Interlagos são praticamente os mesmos de Curitiba. Alguma coisa tem que ser feita para acabar com a pancadaria”, reivindica.

A equipe Amir Nasr terá de trocar o chassi do carro do piloto para a prova em Campo Grande. “O estrago foi muito grande, o Júlio deve ter me atingido a uns 170 km/h”, supõe, preocupado com a situação. “É hora dos dirigentes começarem a tomar atitudes mais sérias para evitar isso. Há muita coisa em jogo na Stock Car para o pessoal ficar tão afoito. Eu tenho que dar resultados para os meus patrocinadores e não vou conseguir se levar uma pancada por corrida”.