Stock: Xandinho prevÁª ‘confusão’ nos treinos no Velopark

Excesso de carros e pista curta podem complicar vida dos pilotos nas tomadas classificatórias.

Os treinos classificatórios da terceira etapa da Stock Car podem se transformar em loteria por causa do elevado número de carros que entrarão simultaneamente na nova pista do Velopark (RS). O alerta é do paulista Xandinho Negrão (Medley), que está preocupado em especial com a primeira tomada classificatória de 20 minutos que reunirá os 34 carros num traçado de apenas 2.086 metros. “Vamos imaginar esta situação: está ameaçando chover e todos saem ao mesmo tempo dos boxes para tentar aproveitar a volta boa dos pneus zero num circuito curtinho. A chance de dar confusão é grande”, prevê.
Como prevê o regulamento em caso de locais que estão estreando, serão realizados treinos de reconhecimento na véspera da abertura da programação oficial. Serão 45 minutos para cada um dos dois grupos de 17 pilotos. O Velopark, localizado em Nova Santa Rita, a 30 km de Porto Alegre, será oficialmente inaugurado pela Stock Car no próximo dia 2 de maio. Xandinho acredita que o tempo é suficiente para a adaptação de pilotos e equipes. “O traçado tem duas retas e nove curvas. Dá para pegar a mão sem maiores dificuldades”, assegura.
O engenheiro de Xandinho na Equipe Medley aponta outros complicadores. “Dois décimos de segundo deverão fazer uma diferença enorme em termo de colocação no grid. Além disso, o tamanho da pista influenciará a estratégia de parada para o reabastecimento obrigatório na corrida. Como em todos os autódromos, ela levará em conta a posição do piloto na prova e o tamanho do pit lane. O problema é que no Velopark os ponteiros correm o risco de encontrar retardatários antes mesmo da abertura da janela para a entrada nos boxes”, observa Thiago Meneghel.
De posse do mapa da pista e levando em consideração os circuitos percorridos neste ano pela categoria – São Paulo e Curitiba -, Meneghel estima que o tempo de volta fique abaixo dos 50 segundos. A melhor referência, no entanto, deve ser mesmo o anel externo da capital paranaense, ainda não utilizado na temporada. “Esse traçado tem cerca de 500 metros a mais que o Velopark, mas uma média horária muito superior. Além de menor, a maioria das curvas do Velopark é de baixa velocidade.”