Stock: Xandinho vai para o tudo ou nada em Campo Grande

Ášltimo com chances matemáticas, piloto lamenta pontos perdidos em decisões da CBA

A tarefa é digna da união de esforços de São Judas Tadeu e Santa Rita de Cássia, associados pela Igreja Católica e seus fiéis Á s causas impossÁ­veis e desesperadoras. Para alcançar os playoffs decisivos da Stock Car, o campineiro Xandinho Negrão (Medley) precisa ganhar a oitava e última etapa da fase seletiva, torcer para que Thiago Camilo passe em branco e vários outros pilotos que se encontram Á  sua frente na classificação não superem os 40 pontos máximos que lhe dariam a 10ª e última vaga nas finais. “É um quadro extremamente difÁ­cil, mas vamos lá ver o que dá”, resume.

Xandinho lembra que não precisaria estar se apegando Á  ausência de rigor cientÁ­fico das crendices populares se nada menos de 34 pontos não tivessem evaporado de sua conta graças a decisões no mÁ­nimo polêmicas da Confederação Brasileira de Automobilismo nas provas mais recentes – São Paulo, Salvador e Ribeirão Preto. Em Interlagos, Xandinho foi excluÁ­do por suposta conduta antidesportiva contra Ricardo Zonta; em Salvador, ficou sem combustÁ­vel depois que a direção de prova aumentou em duas voltas o número estabelecido no regulamento particular da competição; finalmente, em Ribeirão Preto, foi punido com uma passagem pelos boxes por reparos no carro por causa de um choque logo depois de uma largada que acabou sendo anulada. “É só observar onde eu estava na hora das penalidades e ver como finalizaram aqueles que se encontravam Á  minha frente”, justifica.

São pontos que estão fazendo toda a diferença. “Com 51, eu estaria praticamente classificado. Agora, está tudo muito complicado. Mas não é por causa disso que vou desanimar”, avisa. Há um precedente na própria história da categoria e que beneficiou o sul-matogrosense Hoover Orsi em BrasÁ­lia em 2007. Orsi estava rigorosamente na mesma condição de Xandinho e foi Á s superfinais com a vitória surpreendente que conquistou no Distrito Federal.

No ano passado. Xandinho deixou escapar a oportunidade exatamente na capital do Mato Grosso do Sul. “Estava com um pé dentro das finais, mas erramos na estratégia e perdi a classificação depois de ter passado boa parte da corrida entre os classificados. Quem sabe não acontece o contrário agora que estamos com um pé fora”, sonha Xandinho, que chega a Campo Grande nesta quinta-feira e no perÁ­odo da tarde participa das reuniões preparatórias comandadas pelo diretor-técnico Andreas Mattheis com vistas aos treinos livres da sexta-feira.