TransAM: Alline Cipriani pode ser campeã nos EUA neste fim de semana

A brasileira Alline Cipriani está muito perto de conquistar um tÁ­tulo inédito para o Brasil em um dos campeonatos mais tradicionais do automobilismo mundial. A paulista de 35 anos de idade chega a Daytona neste fim de semana para a etapa final do campeonato da TransAM com uma vantagem de nove pontos sobre o segundo colocado na categoria TA3, o norte-americano Mark Boden. E só precisa de um segundo lugar para levantar a taça na combinação de resultados mais simples – são 35 pontos em jogo no último desafio do ano.

“Estou muito confiante e motivada para essa disputa. Este tem sido um ano de muito aprendizado, já que estou competindo em muitas pistas ainda desconhecidas para mim. Por isso chega a ser surpreendente essa nossa condição de tÁ­tulo. Devo tudo isso ao grande trabalho que vem sendo realizado pela Ginetta aqui nos EUA. Já fomos campeões na classe TA4 por antecipação com o Warren Dexter, e chego Á  corrida decisiva com boas chances na TA3. Este tem sido um ano de trabalho maravilhoso e estão todos de parabéns”, declarou Alline.

Depois de uma pausa na carreira para o nascimento de seu primeiro filho, Enzo, a brasileira retornou Á s pistas colecionando bons resultados. No último fim de semana, em Austin – o mesmo circuito que recebe o GP dos EUA de Fórmula 1 -, ela conquistou a quarta colocação depois de uma corrida de recuperação em que chegou a cair para o nono lugar.

“Tive praticamente que parar o carro para evitar um acidente na largada, e caÁ­ da quinta para a nona posição. O resultado foi de certa forma frustrante, porque eu poderia ter terminado a corrida em terceiro. Mas comemorei bastante o fato de ter reassumido a liderança do campeonato. Cheguei 14 pontos atrás do lÁ­der em Austin e saÁ­ de lá com uma vantagem de nove pontos. Por isso vou para Daytona dependendo apenas do meu próprio rendimento para chegar ao tÁ­tulo”, relembrou a brasileira.

Embora chegue em vantagem na prova final, Alline ressaltou que espera dificuldades na corrida da Flórida. Segundo ela, o clima na equipe, embora seja de otimismo, é também de cautela em relação ao tÁ­tulo. Isso porque, as caracterÁ­sticas da pista de Daytona favorecem modelos como o Porsche 991 GT3 pilotado por seu único rival na corrida pelo tÁ­tulo.

“Digo, sem exagero, que a Ginetta é o melhor carro do grid na minha categoria no que diz respeito ao equilÁ­brio e Á  confiabilidade. Mas temos um motor de 350hp, o que nos tira essa vantagem em pistas com longos trechos de aceleração plena, como a de Daytona, por exemplo. Embora tenhamos uma chicane entre as curvas 2 e 3, mais da metade da volta é de aceleração total. E isso favorece a maior potencia dos Porsches e dos Viper. Mesmo assim, sigo acreditando no tÁ­tulo”, encerrou a brasileira.

A temporada de 2019 da TransAm tem 13 corridas, realizadas em pistas importantes dos EUA – como Indianápolis, Road Atlanta, Watkins Glen, Circuito das Américas e Daytona.