Trofeo Maserati: Chefes de equipe aprovam o uso de pneus Pirelli fabricados no Brasil

Parceira da categoria, fabricante italiana promete desenvolvimento de novos compostos para o ano que vem, o que agradou ainda mais os engenheiros e preparadores envolvidos no campeonato.

Os pneus Pirelli de fabricação nacional, adotados no Trofeo Maserati a partir da terceira etapa da temporada, passaram pelo crivo de alguns dos mais experientes chefes de equipe do automobilismo brasileiro no último fim de semana, e foram aprovados após a rodada dupla realizada no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.

O chamado “Composto 10”, fabricado no Brasil com matéria-prima importada, correspondeu Á s expectativas das equipes e foi visto como “a opção ideal” por três dos profissionais mais renomados da categoria.

Do alto de mais de 30 anos de experiência em competições, Luis Trinci, o Dragão, apontou o desempenho constante como sendo a caracterÁ­stica mais marcante deste composto, que é usado, inclusive, por outras categorias do automobilismo nacional.

“Esse pneu é muito mais constante e durável que o anterior, e se encaixa perfeitamente na proposta da categoria. Com ele o comportamento do carro muda muito pouco durante a prova, e como o setup funciona de maneira mais uniforme, a vida dos pilotos fica um pouco mais fácil. As corridas certamente ficarão mais equilibradas e o público também será beneficiado com a novidade”, opinou.

Já Fabio Greco, egresso da Fórmula Fiat e de competições de rally, apontou o fortalecimento da parceria entre a Pirelli e o Trofeo Maserati como sendo o principal ponto positivo da mudança. “Além de solucionar um problema imediato da categoria, que era a necessidade de pneus para esta temporada, a Pirelli fará o desenvolvimento de novos compostos para o Trofeo Maserati. Essa associação é fundamental para o fortalecimento da categoria, e foi comemorada por todos nós, chefes de equipe. O campeonato está crescendo e, nessa fase, ter um apoio como este é fundamental”, apontou Greco.

O Trofeo Maserati usou pneus Pirelli importados nas duas primeiras etapas da temporada. Por opção das próprias equipes e dos organizadores do evento, a terceira etapa do calendário foi o ponto de partida para o uso de compostos nacionais produzidos com matéria-prima vinda de fora – que representam economia de cerca de 30% em relação aos pneus fabricados na Itália.

A mudança exigiu trabalho extra por parte dos engenheiros, que precisaram adequar o setup dos carros aos novos compostos, mas não alterou o equilÁ­brio da categoria.

“Sempre que há uma mudança, algumas equipes se adaptam mais rapidamente que outras Á s novas condições, e ficam mais satisfeitas”, disse João Carlos Ferreira, chefe da equipe Blausiegel, vencedora da primeira corrida do fim de semana. “Não existe uma única receita para deixar o carro rápido com estes compostos, já que há todo um conjunto de regulagens por trás de um bom desempenho. Mas, uma vez encontrado o caminho, a equipe terá um carro competitivo para toda a corrida. Isso ocorre porque o comportamento desse pneu é mais constante”, acrescentou.

A próxima etapa do Trofeo Maserati será disputada no dia 10 de agosto, novamente em Interlagos – pista que sediará, aliás, todo o calendário.

Passadas três corridas, o campeonato está assim:

1) César Urnhani, 115 pontos
2) Rafael Derani, 76
3) Thiago Viana / Marcelo Skaf, 67
4) Cleber da Silva Faria, 65
5) Pedro Ferreira Queirolo, 59
6) Maurizio Billi, 46
7) Renato Cattalini, 46
8) André Teixeira Posses, 43
9) Henrique Assunção José, 43
10) Marcelo Souza Sant’Anna, 40
11) Bruno Campos Garfinkel, 35
12) W. Freire / Arthur Bragatini 30
13) Vanue da Silva Faria, 27
14) Valter Rossete / Fabio Grecco, 25
15) Clemente Lunardi / Roberto Aranha, 21
16) Eduardo Sanches / Ricardo Ribeiro, 21
17) Daniel Paludo, 20
18) Walter Derani, 17
19) Marçal A. Melo / Carlos Burza, 10
20) Duda Rosa, 7
21) Felipe Crespo, 7
22) Sérgio Laganá / Roberto Laganá, 6
23) Marcos Barros, 3