Trofeo Maserati: Hahn vence, mas não leva. Mazzochi fatura etapa de Curitiba

O piloto Marcelo Hahn, depois de largar na 5ª posição, ser penalizado com uma passagem pelos boxes nas primeiras voltas por ter queimado a largada e ter terminado a 1a bateria em 4o lugar, surpreendeu a todos e “venceu” a 3ª etapa do Campeonato Brasileiro Maserati, no Autódromo Internacional de Curitiba, em Pinhais, PR, em corrida emocionante e conturbada. Mas, ele não levou o resultado para casa. Hahn foi desclassificado nas duas baterias, depois de o comissário da CBA – Confederação Brasileira de Automobilismo ter verificado que o seu carro estava com peso regulamentar abaixo do permitido.

Com isso, além de ainda não pontuar na temporada 2007, Marcelo Hahn fez a alegria do piloto gaúcho Abramo Mazzochi, que terminou a 1a bateria em quarto (14 pontos) e a 2a bateria em segundo (20 pontos), mas acabou sendo beneficiado com mais cinco pontos.

Antes da fiscalização de todos os carros da categoria, Marcelo Hahn dizia que “achei injusto a CBA ter me penalizando no começo da prova porque não queimei a largada. Mas estou satisfeito com minha corrida e queria parabenizar a minha equipe pelo trabalho e agora entrei no campeonato para ganhar. Estou na disputa”, enfatizava. Mas, ao final da corrida, a decepção.

A corrida foi disputada desde o seu inÁ­cio, por conta dos inúmeros pegas entre os pilotos César Urnhani, Renato Cattalini e Rafael Derani e uma briga “feia”, com disputa de cada, centÁ­metro entre Chico Longo e Marcelo Hahn.

Em 2º lugar chegou o gaúcho Abramo Mazzochi, que fez uma corrida aguerrida. “O meu carro não estava muito rápido. Optei em fazer uma prova consciente e aproveitei as oportunidades. Estou muito feliz com a minha colocação. Acho que estou com sorte no automobilismo”, brincou Mazzochi que, ao final, virou realidade. Foi beneficiado pela irregularidade no carro de Hahn.

Como o vencedor foi penalizado, todos os demais pilotos – em verdade – foram beneficiados. O paranaense Renato Cattalini, que estava realizando uma prova impecável, ficou com o 3o lugar. “Como eu imaginava, o carro estava perfeito para corrida, tanto que terminei a 1a bateria em 2o lugar. Mas infelizmente na segunda, como tive um problema de câmbio, resolvi administrar e pensar no campeonato”, explicou Cattalini. E, pensou muito bem, porque Cattalini agora é mais lÁ­der do que nunca. Se até a etapa anterior, a diferença dele com o vice-lÁ­der Rafael Derani era de apenas 2 pontos, agora a vantagem é de 17 pontos em relação ao 2o colocado, Abramo Mazzochi.

Valter Rossete, novamente, teve problema com o ABS do carro e recebeu um penalização de passagem pelos boxes na 2a bateria por um uma atitude antidesportiva, envolvendo-se com o piloto Chico Longo. Mesmo assim, depois de tantos problemas, realizou uma corrida de recuperação emocionante e terminou a prova em 4o lugar. “Após todos os problemas que tive com o carro, largar em último na 2a bateria e me envolver em uma batida com o Chico, estou satisfeito por ter terminado a prova e com esse resultado”, aliviou-se Rossete.

Walter Derani, que vem subindo de produção aos poucos e sempre aproveitando as brechas deixadas por demais participantes, ficou com o 5o lugar. “Fiz uma boa prova, tive alguns pegas com o Crespo e algumas trocas de posição com Rossete. Estou feliz com a minha colocação”, comentou Derani, que – nos dias de treinos livres – prometeu terminar a etapa na 5a posição na classificação geral. E conseguiu. Sérgio Laganá ficou com o 6o lugar, seguido de Carlos Crespo em 7o.

Os demais pilotos – Chico Longo, Rafael Derani e César Urnhani – não terminaram a 2a bateria.

Com os resultados oficiais de Curitiba, o lÁ­der do Campeonato Brasileiro Maserati é o  piloto Renato Cattalini, com 113 pontos. O vice-lÁ­der passa a ser Abramo Mazzochi, com 96 pontos. No 3o posto está César Urnhani, com 90 pontos. Rafael Derani perde a vice-liderança e cai para o 4o lugar, com 87 pontos. Walter Derani é o 5o, com 67 pontos.

Chico Longo, com 56 pontos, é o sexto na tabela de classificação geral, seguido de Valter Rossete (55 pontos), Carlos Crespo (45 pontos), Sérgio Laganá (35 pontos), João Adibe (16 pontos) e Marcelo Hahn que, apesar a momentânea felicidade, permanece com 0 ponto.