Truck: Motor do caminhão de Cirino explode a 200 Km/h

Os técnicos trabalham na sede da escuderia, em Santos, para refazer o caminhão e o tricampeão irá largar em último no domingo.


A terceira etapa do Campeonato Brasileiro de Fórmula Truck, a ser disputada domingo (dia 21/5), a partir das 14 horas, no Autódromo de Interlagos, não começou bem para o tricampeão Wellington Cirino, da equipe ABF/Mercedes-Benz. Logo na terceira volta, o motor do caminhão do paranaense explodiu a mais de 200 Km/h no final da reta oposta. O óleo que vazou causou um incêndio, que danificou bastante a carenagem do caminhão.


Segundo Cirino, o motor explodiu na placa dos 200 metros da reta oposta, quando estava a mais de 200 km/h. “Quando senti que o motor explodiu, cravei o pé no freio, conforme os técnicos da equipe tinham me orientado. O atrito com o asfalto foi tanto que um dos pneus dianteiros explodiu. Mas o caminhão não rodou e parou com segurança, na caixa de brita. O susto mesmo foi o fogo”, diz Cirino.



Em função dos estragos causados, os técnicos da ABF/Mercedes-Benz se deslocaram para Santos, sede da escuderia, onde irão trabalhar na reconstrução do caminhão. Uma coisa já é certa. Cirino não participará do treino classificatório de amanhã e irá largar em último no domingo. “O motor estava bom, tanto que dei apenas duas voltas completas e fiz o quarto tempo do primeiro treino livre. Mas vamos em frente, largaremos em último e iremos buscar um lugar ao pódio. Isto já aconteceu em Tarumã no ano passado, quando larguei em último e terminei em segundo.Vamos ver o que acontece aqui”, acentua Cirino.



Semelhanças com Londrina



O acidente de Cirino em Interlagos foi semelhante com o de Londrina, em julho do ano passado, quando o motor explodiu e ele bateu na mureta de concreto, sofreu 11 fraturas, sendo oito no tornozelo esquerdo, uma na tÁ­bia esquerda; uma na fÁ­bula esquerda e uma na mão direita. Ficou três provas ausente, retornando quando faltavam duas etapas para o fim da temporada, mas a tempo suficiente para conquistar o tÁ­tulo da temporada e se sagrar o primeiro tricampeão da Fórmula Truck.



A diferença de Interlagos é que ele travou os freios tinha mais área de escape. “Só me lembrei de Londrina quando vi o fogo e saltei do caminhão, tocando o solo com o pé esquerdo, sentindo dores. Neste momento me lembrei de Londrina”, frisa Cirino.



Treinos livres



Na combinação de tempos dos dois treinos de hoje, o paulista Roberval Andrade foi o mais rápido, com o tempo de 2m05s638. Cirino, com apenas duas voltas nos dois treinos, ficou em 15º, com 2m09s905. Geraldo Piquet, companheiro de Cirino na equipe ABF/Mercedes-Benz terminou os tempos em 18º, com 2m10s837.