WEC: Pilotos da Audi lutam pelo tÁ­tulo mundial na China

Sétima etapa do FIA WEC acontece no maior mercado da Audi no planeta • Campeonato acontece em Xangai e já pode decidir o campeão • Dr. Wolfgang Ullrich: “Vamos encarar uma corrida desafiadora”

 O 12º triunfo em Le Mans, a conquista antecipada do tÁ­tulo de construtores do Campeonato Mundial de Endurance (FIA WEC), além das cinco vitórias e das cinco pole pole positions nas seis primeiras provas da temporada; a Audi se apresenta na melhor forma no Mundial. A sétima etapa da temporada acontece no próximo fim de semana em Xangai, na China, no dia 9 de novembro, e pode até selar a decisão do campeonato de pilotos.

Desde a corrida de Fuji, no Japão, ficou claro que campeões mundiais de 2013 estarão, novamente, a bordo de um Audi. LoÁ¯c Duval/Tom Kristensen/Allan McNish (FRA/DIN/GBR) no Audi R18 e-tron quattro têm, na China, a chance de assegurar com antecedência o campeonato antes mesmo da prova final. Os únicos adversários são seus companheiros de equipe Marcel FÁ¤ssler/André Lotterer/BenoÁ®t Tréluyer (SUI/ALE/FRA). São 40,75 pontos separando os dois trios da esquadra das quatro argolas, com 52 ainda em jogo.

Três fatores fazem das sétima etapa do WEC um grande desafio para a Audi. Na estreia em Xangai, um ano atrás, a Audi percebeu que os raios de curva dos circuitos modernos usados também na Fórmula 1 trouxeram, particularmente, um efeito de desvantagem sobre o R18 e-tron quattro. Em seis curvas lentas do traçado, o carro hÁ­brido as contorna a menos de 120 km/h, velocidade mÁ­nima para que o sistema e-tron quattro, que recupera a energia das frenagens e as aplica em aceleração, gerando a tração das rodas dianteiras, entre em funcionamento – item prescrito no regulamento.

O segundo fator: a programação do evento foi encurtada para dois dias, com apenas 33 horas passadas entre o primeiro treino livre e a bandeira quadriculada da corrida. Isso traz desafios aos engenheiros e aos pilotos para trabalhar – e grande concentração de trabalho no acerto do carro e na preparação para a corrida.

O terceiro fator traz um tempero a mais na batalha por posições no pódio. Na última prova em Fuji, a equipe desafiante e vencedora da prova no ano passado, a Toyota, segue o exemplo da Audi e alinha dois carros no grid.

Portanto, a Audi e seus torcedores entram assim para uma desafiadora corrida “em casa”. A China se tornou há algum tempo a segunda casa para a marca das quatro argolas. O paÁ­s é o maior mercado e um grande motor para a fabricante. Nos três primeiros semestres deste ano, as vendas na China subiram em 20,6% para 358.213 veÁ­culos. Além disso, a marca comemora um aniversário neste ano, enquanto sua história de sucesso no paÁ­s iniciou há exatamente 25 anos na assinatura de um contrato de licenciamento entre a Audi e a First Automotive Works (FAW). Hoje, a joint-venture in Changchun fabrica modelos da marca e outra planta será lançada em Foshan no final de 2013. O tópico de tecnologia hÁ­brida que tem se incorporado no esporte a motor pelo R18 e-tron quattro desde 2012 está ganhando terreno também na China. Em julho, a Audi e a FAW anunciaram o lançamento de um projeto de tecnologia hÁ­brida especialmente para o mercado chinês.

Os torcedores podem ver a corrida na China também pela internet. A Audi transmite a prova ao vivo via streaming no site www.audi-motorsport.com. Mais informações podem ser acessadas no App Audi Sport, Twitter e Facebook.

Tópicos do fim de semana
– Conseguirá a Audi vencer a prova do WEC na China pela primeira vez?
– LoÁ¯c Duval/Tom Kristensen/Allan McNish irão assegurar o tÁ­tulo por antecipação ou vão Marcel FÁ¤ssler/André Lotterer/BenoÁ®t Tréluyer adiar a decisão para a final no Barein?
– Como será o duelo pela vitória entre os dois carros hÁ­bridos?

Abre aspas (dirigentes)

Dr. Wolfgang Ullrich (Diretor da Audi Motorsport): “Queremos mostrar uma grande performance neste que é o maior mercado da Audi. Vamos fazer de tudo para conquistar a sexta vitória da temporada no WEC e o nosso primeiro sucesso no circuito de Xangai com os R18 e-tron quattro. Será uma corrida desafiadora e, ao mesmo tempo, estamos indo para a decisão que falta no Campeonato Mundial. LoÁ¯c Duval, Tom Kristensen e Allan McNish têm a chance de suceder Marcel FÁ¤ssler, André Lotterer e BenoÁ®t Tréluyer como campeões mundiais na sétima etapa da temporada. Acho que isso já é um belo presente para quem assistir a corrida”.

Chris Reinke (Chefe do departamento de LMP): “Olhando para os números de venda, podemos dizer que Xangai é como correr em casa. Mais uma razão pela qual esta é uma corrida importantÁ­ssima na qual temos que terminar o que começamos. Não vencemos aqui no ano passado, então estamos particularmente motivados agora. As caracterÁ­sticas do traçado trazem um grande desafio porque, por causa do regulamento, não podemos usar nosso sistema hÁ­brido nas curvas de baixa velocidade”.

Ralf Jüttner (Diretor Técnico do Audi Sport Team Joest): “Em Xangai, um ano atrás, não foi fácil acertar o carro. A pista é conhecida por ser muito exigente. A Toyota venceu a corrida, e agora queremos estar Á  frente. Reunimos todos os dados colhidos na prova do ano passado e temos dois carros atualizados no grid. Uma constante neste ano é a que sempre estivemos competitivos, e esta é a razão de haver somente um objetivo na China: a vitória”.

Fatos e falas dos pilotos da Audi

Marcel FÁ¤ssler (37 anos, suÁ­ço), Audi R18 e-tron quattro #1 (Audi Sport Team Joest)
– Corre na China com seus companheiros de equipe como atuais campeões mundiais.
“Xangai tem uma pista muito especial com bons pontos de ultrapassagem. Gosto bastante do desenho do traçado e a primeira curva, longa, requer grande habilidade logo de cara porque não é possÁ­vel ver o ponto de tangência. Ano passado a corrida não foi fácil para nós mas estou convencido de que agora podemos estar otimistas graças Á  boa preparação que tivemos”.

André Lotterer (31 anos, alemão), Audi R18 e-tron quattro #1 (Audi Sport Team Joest)
– Junto de BenoÁ®t Tréluyer, estabeleceu a volta mais rápida do treino de classificação na prova do Japão recentemente.
“Xangai é aquele circuito tÁ­pico do calendário moderno da Fórmula 1. Para ser honesto, meu coração não bate forte por circuitos assim, com suas curvas especiais. Mas isso não importa – buscamos o melhor para a Audi. Ano passado, não pudemos fazer um bom uso dos pneus. Estou otimista agora porque este ano fizemos claros progressos e isso será mostrado na China”.

BenoÁ®t Tréluyer (36 anos, francês), Audi R18 e-tron quattro #1 (Audi Sport Team Joest)
– Com seus parceiros, venceu as etapas do WEC em Spa e São Paulo neste ano, além das 12 Horas de Sebring.
“Acho que Xangai traz a corrida mais difÁ­cil da temporada. Temos visto claramente nossos engenheiros trabalhando para dar um grande salto de performance com o carro. Mas o traçado com estas curvas especÁ­ficas não se encaixam muito bem no nosso carro. Infelizmente, não podemos usar nosso sistema hÁ­brido de maneira livre como nossos adversários da Toyota. Vencer na China não será fácil”.

LoÁ¯c Duval (31 anos, francês), Audi R18 e-tron quattro #2 (Audi Sport Team Joest)
– Depois de São Paulo e Austin, em Xangai o francês faz sua estreia em mais uma pista até então desconhecida.
“É mais uma pista nova para mim e um novo paÁ­s. Sabemos a importância da China como mercado automotivo para a Audi, e naturalmente queremos estar na briga pela vitória. É importante para a Audi e para nós, os três pilotos do carro número dois”.

Tom Kristensen (46, dinamarquês), Audi R18 e-tron quattro #2 (Audi Sport Team Joest)
– Junto de Allan McNish foi o melhor Audi em Xangai no ano passado.
“Para nós, a corrida na China é uma boa tarefa. Queremos conquistar a primeira vitória da marca no paÁ­s pelo WEC, porque este é o maior mercado da marca. E todos sabemos que a prova pode decidir antecipadamente o tÁ­tulo de pilotos depois que já conquistamos o tÁ­tulo de equipes para a Audi”.

Allan McNish (43 anos, britânico), Audi R18 e-tron quattro #2 (Audi Sport Team Joest)
– Faz parte do trio que lidera o campeonato;
– Classificou o melhor R18 e-tron quattro na primeira fila em Xangai no ano passado.
“Na batalha com a Toyota, estivemos mais competitivos neste ano do que na temporada passada, especialmente em circuitos de curvas mais lentas como no Brasil. Xangai também reúne caracterÁ­sticas parecidas e estou esperando uma luta bem apertada entre as duas equipes. Agora, no segundo ano do R18 e-tron quattro, estamos mais acostumados ao carro, mas a corrida não vai ser fácil”.

Os pilotos da Audi em Xangai

LoÁ¯c Duval: Nascido em 12/06/1982 em Chartres, França; residência: Genebra (SuÁ­ça); casado com GaÁ«lle, um filho (Hugo); altura: 1,78m; peso: 70 kg; piloto Audi desde 2012; uma vitória em Le Mans, 9 provas no WEC; quatro vitórias, duas pole position, uma melhor volta.

Marcel FÁ¤ssler: Nascido em 27/05/1976 em Einsiedeln, SuÁ­ça; residência: Gross (SuÁ­ça); casado com Isabel e tem quatro filhas (Shana, Elin, Yael e Delia); altura: 1,78m; peso: 78 kg; piloto Audi desde 2008; duas vitórias em Le Mans; 14 provas no WEC com cinco vitórias, duas pole positions e uma melhor volta; melhor resultado em Xangai: 3º lugar.

Tom Kristensen: Nascido em 07/07/1967 em Hobro, Dinamarca; residência: Hobro (Dinamarca); solteiro (parceira: Hanne), dois filhos (Oliver e Oswald) e uma filha (Carla Marlou); altura: 1,74m; peso: 72 kg; piloto Audi desde 2000; nove vitórias em Le Mans (recordista); 14 provas no WEC; quatro vitórias, nenhuma pole, duas melhores voltas; melhor resultado em Xangai: 2º lugar.

André Lotterer: Nascido em 19/11/1981 em Duisburg, Alemanha; residência: Tóquio (Japão); solteiro; altura: 1,84m; peso: 74 kg; piloto Audi desde 2010; duas vitórias em Le Mans; 14 provas no WEC; cinco vitórias, quatro pole positions, três melhores voltas; melhor resultado em Xangai: 3º lugar.

Allan McNish: Nascido em 29/12/1969 em Dumfries (Escócia); residência: MÁ´naco; casado com Kelly, um filho (Finaly), uma filha (Charlotte Amelie); altura: 1,65m; peso: 60 kg; piloto da Audi em 2000 e desde 2004; três vitórias em Le Mans; 14 provas no WEC; quatro vitórias, três pole positions, uma melhor volta; melhor resultado em Xangai: 2º lugar.

BenoÁ®t Tréluyer: Nascido em 07/12/1976 em Alençon, França; residência: Gordes (França); casado com Melanie, um filho (Jules); altura: 1,78m; peso: 68 kg; piloto Audi desde 2010; duas vitórias em Le Mans; 14 provas no WEC; cinco vitórias, três pole positions, uma melhor volta; melhor resultado em Xangai: 3º lugar.

Informações sobre a pista
Traçado: 5,451 km
Duração da corrida: 6 horas
Recorde de classificação: Alexander Wurz (Toyota), 1min48s273 (181,242 km/h) em 27/10/2012
Recorde de corrida: Nicolas Lapierre (Toyota), 1min48s815 (180,339 km/h) em 28/10/2012

Tom Kristensen fala sobre a pista em Xangai
“Na China competimos em um mercado particularmente importante para a Audi. As curvas de Xangai diferem um pouco umas das outras. Duas curvas mudam seu raio drasticamente – a primeira vai ficando muito estreita e a curva depois da longa reta no terceiro setor se abre. Temos que reduzir todas as marchas até a primeira várias vezes por volta. Em contraste, a segunda parte da pista tem sequências bem fluidas com curvas que contornamos a mais de 200 km/h. E duas grandes retas, ao final das quais reduzimos as marchas de sexta para primeira. Obviamente, tudo isso requer muito do acerto do carro e por causa destas mudanças de ritmo a cada volta esta pista é um grande desafio para os pilotos”.

Programação (horário de BrasÁ­lia):
Quinta-feira (07.nov)
1º Treino Livre, 22h00

Sexta-feira (08.nov)
2º Treino Livre, 02h00
Treino de Classificação, 06h00

Domingo (09.nov)
Largada: 01h00