Coluna: A volta da FÁªnix II, por Vitor Garcia

No Brasil temos uma carência imensa de heróis, ou melhor, na verdade temos grandes heróis construÁ­dos pela mÁ­dia. São jogadores de futebol, atletas, atores, enfim, personalidades cridas pelos veÁ­culos de comunicação, politicamente corretos ou que só tenham coisas positivas na vida, ou pelo menos que a parte negativa seja escondida. Desde o final de 2008 vimos uma grande personalidade ser acusada de sonegação de imposto de renda, e o pior, nos Estados Unidos. Muito diferente das leis brasileiras, esse tipo de crime na terra do tio Sam leva o cidadão para a cadeia, “sem choro nem vela”.

Exatamente essa era a acusação que caia sobre o piloto Hélio Castroneves. Natural de Ribeirão Preto, cidade do interior de SP o brasileiro construiu uma carreira de sucesso nos Estados Unidos, sendo uma grande estrela por lá também. Vencedor de duas edições das 500 Milhas de Indianápolis, uma das provas mais importantes do automobilismo mundial é também contratado a muitos anos pela Penske, uma das mais poderosas scuderias de todo o mundo.

Além de tudo isso, Helinho como é conhecido aqui no Brasil, viu seu carisma aumentar ainda mais na América do Norte depois de vencer o programa “Dança com as Estrelas”. O brasileiro foi do céu ao inferno e lutou até o último momento para provar sua inocência ao lado de sua irmã e de seu advogado, também acusados do mesmo crime.

Depois de ter prisão decretada e ter que pagar uma altÁ­ssima fiança para não passar uma noite na prisão, Castroneves conseguiu provar sua inocência e na segunda etapa de 2009, no GP de Long Beach reassumiu o carro n°. 3 terminando na 7ª colocação. Os bons resultados não abandonaram o piloto, mas foi em Indianápolis a prova mais importante do campeonato da IndyCar que o brazuca lavou a alma: venceu pela terceira vez a prova, depois de cravar a pole position.

Se o brasileiro errou ou não, o importante é que foi inocentado diante da justiça americana, o que muitos julgavam ser impossÁ­vel. Hélio Castroneves mostrou a todos nós que nunca devemos deixar de acreditar em nossos ideais, e carregou com muita vontade e garra um lema que emociona a muitos: “sou brasileiro e não desisto nunca”. Parabéns Helinho!!!