F1: Ex-presidente critica decisão da FIA de remarcar GP do Bahrein

Assim como o australiano Mark Webber, da Red Bull, o ex-presidente da Federação Internacional de Automobilismo, Max Mosley, criticou a decisão de remarcar o GP do Bahrein, realocado para o final de outubro. Inicialmente marcado para março, a prova teve que ser adiada por conta dos protestos violentos da população contra o regime vigente.

Mosley teme que a Fórmula 1 seja utilizada pelo governo como um instrumento para camuflar suas ações. A opinião do dirigente foi publicada em sua coluna no britânico The Daily Telegraph.

“Se a F-1 se permitir ser usada dessa forma, então vai compartilhar da culpa pelo regime. Ao concordar em fazer uma corrida lá, a F-1 torna-se cúmplice do que aconteceu. Vai se tornar um dos instrumentos de repressão do governo do Bahrein. A decisão de realizar a corrida é um erro que não será esquecido e, caso não seja revertido, custará caro Á  F-1”, garantiu.

No entanto, Mosley discorda de Webber. O piloto da Red Bull afirmou que a Fórmula 1 deveria aproveitar a oportunidade para avisar o mundo que tem consciência e se preocupa com questões como os direitos humanos.

“Para se aplicar os mais altos padrões em relação aos direitos humanos, você teria que excluir um grande número de paÁ­ses do esporte internacional, incluindo alguns que possuem relações próximas com o Reino Unido”, explicou, sem especificar quais.

“Em segundo lugar, ao aplicar esses padrões, teria de entrar em um debate sem fim. Por fim, não é função do esporte tentar guiar os governos e dizer o que eles podem ou não fazer. PolÁ­tica deve ser deixada para os polÁ­ticos”, encerrou.

Fonte: GazetaEsportiva.Net