Envolvido em um escândalo sexual, o presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Max Mosley, defendeu-se explicando que não havia feito nada contrário Á lei, em uma carta dirigida a dirigentes do automobilismo esportivo, divulgada hoje.
“Um jornal de escândalos, obteve, por meios ilegais, imagens de uma coisa que fiz de forma privada e que era inofensiva e completamente legal, apesar de poder ser considerado inaceitável por algumas pessoas”, disse Mosley.
O dirigente rejeitou novamente o caráter “nazista” de sua sessão de sadomasoquismo na carta Á Federação de Automobilismo Alemã. “Isto sem dizer que o mencionado aspecto nazista é uma total invenção. Isto será perfeitamente esclarecido quando o assunto chegar Á justiça”, considerou Mosley, filho do lÁder fascista britânico Oswald Mosley.
“Muitas pessoas fazem coisas em sua casa, onde os hábitos pessoais que têm podem ser considerados repugnantes. Mas isso é privado, ninguém tem nada a dizer”, se defendeu Mosley, que se apresentou como “vÁtima de uma conspiração repugnante”.
“Em poucas palavras, penso que não fiz nada de errado, foi este jornal que fez algo ruim”, acusou. Como conseqüência do escândalo sexual, Mosley tem o cargo a perigo. O lendário piloto escocês Jackie Stewart considerou “insustentável” a posição do dirigente.
“A FIA é composta por federações do mundo inteiro, com muitas religiões diferentes. Se Mosley tivesse responsabilidades governamentais na Grã-Bretanha, nos Estados Unidos ou na Alemanha, ou se estivesse Á frente de uma grande empresa ou do Comitê OlÁmpico Internacional, já teria saÁdo”, afirmou Stewart.
No ano passado, Mosley chamou Stewart de “idiota certificado”. Um tablóide britânico divulgou no último domingo um vÁdeo no qual Mosley comandava uma sessão de sadomasoquismo com cinco jovens, algumas vestidas com uniformes de prisioneiros. Nas simulações de interrogatórios, o britânico se expressava em alemão.
Fonte: AFP