F1: Pilotos da Fórmula 1 aprovam, com ressalvas, pista de Abu Dhabi

Muitos elogios e algumas preocupações. Foi assim que os pilotos completaram o primeiro dia de treinos para o GP de Abu Dhabi, 17ª e última etapa do Mundial de Fórmula 1, que acontece domingo, Á s 11h (de BrasÁ­lia).

Usado pela primeira vez nesta sexta-feira, o espetacular e grandioso circuito de Yas Marina precisou de 35 milhões de horas de trabalho para ser construÁ­do e custou aos cofres do governo algo em torno de US$ 1 bilhão.

Mas, para os protagonistas da primeira prova no emirado, o investimento valeu a pena.

“Não tenho crÁ­ticas”, resumiu Nico Rosberg, que se despede da Williams – deve ir para a Brawn. “Por ser uma pista nova, o asfalto é um pouco escorregadio e temos de ter um pouco mais de cautela. Mas é só.”

“Não dá tempo para respirar”, falou Fernando Alonso, de malas prontas para a Ferrari.

Já com o tÁ­tulo de campeão, Jenson Button só disse temer a possibilidade de não haver muitas ultrapassagens. “Temos que ver como será na corrida, mas a pista em si é muito desafiadora”, afirmou o inglês. “Como as zebras são bem pequenas, você pode ‘atacá-las’ de um modo bem mais agressivo.”

O traçado do alemão Hermann Tilke, responsável também por circuitos como Xangai, Istambul e Bahrein, entre outros, também foi elogiado por Lewis Hamilton, que destacou, porém, uma preocupação.

“A única coisa que não gostei foi do túnel, mas é um desafio”, falou o piloto da McLaren sobre a saÁ­da dos boxes, que pela primeira vez na categoria é feita por um túnel em curva.

Segundo Rubens Barrichello, o problema é que, se alguém bater no local, haverá necessidade de uma bandeira vermelha. “Eles tentaram fazer uma coisa espetacular e conseguiram, mas não acho que funcione.”

A novidade não é o único motivo de preocupação dos pilotos. O fato de a corrida ser disputada ao entardecer ainda gera algumas incertezas, já que a prova começa com sol e termina com iluminação artificial.

“Tentei usar uma viseira clara no fim da última sessão, mas era muito difÁ­cil porque algumas das luzes eram muito claras e me cegavam”, reclamou Button, que disse ainda que o trabalho é dificultado por causa das várias subidas e descidas.

Fonte: Folhapress