F1: Pirelli se diz pronta para nova “guerra” de fabricantes

Ášnica fornecedora de pneus da Fórmula 1 desde o campeonato de 2011, a Pirelli admitiu participar de uma nova “guerra” de fabricantes nas temporadas seguintes ao fim de seu contrato de exclusividade, em 2019. O diretor esportivo Mario Isola afirmou que a empresa italiana está pronta caso a categoria decida aceitar mais um fornecedor, e que, se hoje o objetivo na fabricação dos pneus é primordialmente o de prover segurança, com uma disputa o foco seria voltado para a performance dos compostos.

“Se eles decidirem voltar a essa situação, estamos prontos para enfrentar também este novo desafio. Se você é um único fornecedor, você tem alguns alvos. Você fornece os mesmos pneus para todos, para que se possa ter um pneu com alta degradação, com alvos diferentes. Se estamos em concorrência com outro fornecedor de pneus, o objetivo é apenas o desempenho. É claro. É como para as equipes. O alvo da Fórmula 1 hoje é a segurança, com certeza, mas a segurança está sempre presente, é sempre uma prioridade, mas depois disso é só desempenho”, disse Isola.

A Fórmula 1 não tem dois fornecedores competindo desde o campeonato de 2006, quando Michelin e Bridgestone eram as concorrentes. Em 2007, a empresa japonesa passou a ser a única fornecedora, dando lugar Á  Pirelli há sete anos. Apesar de dizer que a empresa está pronta, Isola não acredita que a direção da Fórmula 1 permitiria nova “guerra” de pneus, já que o objetivo do Liberty Media é justamente cortar gastos, e não promover um investimento desenfreado em busca de preciosos milésimos de segundo.

“A direção da Fórmula 1 ainda é ter um fornecedor. Obviamente isso muda rapidamente, mas ter um único fornecedor está economizando dinheiro para todos. Se você introduzir novamente o que eles chamam de ”guerra de pneus ”, ou vários fornecedores, você deve considerar que no passado era necessário ter testes adicionais, ou as equipes tinham uma equipe de teste de pneus adequada e, obviamente, isso significa custos adicionais. Se eles querem reduzir o custo, essa provavelmente não é a direção certa”, apontou.

Em relação ao novo regulamento a vigorar a partir de 2021, com rodas de aro de 18 polegadas em vez de 13 e o fim dos cobertores elétricos para aquecimento prévio da borracha, Isola ainda não sabe exatamente que impacto exato isso terá na performance, mas já fez suas previsões:

“Eu diria que cerca de três segundos, isso é muito. Para fazer uma estimativa precisa, teremos que saber quanto downforce haverá e quão fortes serão os motores”, finalizou o diretor.

Fonte: Globo Esporte