F1: Pneus devem ter papel decisivo no GP da Malásia

Um dos fatores determinantes na corrida de abertura do Mundial, na Austrália, os pneus deverão ter papel ainda mais decisivo no GP da Malásia, segunda de 17 etapas da Fórmula 1 em 2009, que acontece no domingo, Á s 6h (de BrasÁ­lia).

Mais uma novidade no regulamento, é por este motivo que os treinos livres em Sepang, que começam Á s 23h, servirão para que as equipes aprendam mais sobre os compostos que serão usados nesta temporada.

A Ferrari, uma das que mais sofreram para se adaptar aos compostos em Melbourne, já disse que otimizar o uso dos pneus no circuito malaio será uma de suas prioridades.

A partir deste ano, a Bridgestone não poderá fornecer tipos ‘consecutivos’ de pneus – as especificações são duro, médio, macio e supermacio.

A intenção da FIA foi justamente dificultar o trabalho de pilotos e equipes, distanciando a faixa de rendimento dos compostos para trazer mais variáveis e emoção Á s corridas.

Até a temporada passada, era comum que os pilotos tivessem dificuldade em escolher os pneus que tinham melhor desempenho devido Á  similaridade de performance entre eles em determinadas pistas.

Neste ano, os compostos usados na Malásia serão o duro e o macio. O tipo mais duro será utilizado pela primeira vez pelos times, já que ele é uma evolução dos que foram testados durante a pré-temporada. Já o segundo tipo de pneus também será uma novidade, porque é ainda mais macio que o usado em Sepang no ano passado.

Como a corrida deste domingo é uma das mais quentes do calendário, o
problema da degradação dos compostos também será uma preocupação.

“A Malásia é um circuito severo para os pneus porque tem curvas muito diferentes e duas zonas de forte frenagem após duas longas retas. Os pilotos terão de ser cuidadosos para não fritá-los desnecessariamente”, disse Hiroshide Hamashima, diretor da Bridgestone.

As novidades em outras áreas para 2009 também têm influenciado diretamente o consumo dos pneus. As mudanças aerodinâmicas, que diminuÁ­ram a pressão do ar, por exemplo, tendem a deixar os monopostos menos estáveis, o que pode acabar gerando maior desgaste dos compostos.

Outra mudança neste ano, o uso do Kers, sistema que transforma a energia cinética despendida durante as freadas em potência, também tende a sobrecarregar mais os pneus, especialmente os traseiros.

“Assim como fizemos na Austrália, neste final de semana teremos que maximizar nosso tempo de pista nos treinos livres”, afirmou Ross Brawn, proprietário da Brawn GP.

“As altas temperaturas na Malásia também serão um motivo a mais de preocupação”, completou o inglês. 

Fonte: Folhapress