F1: Pneus médio e macio para o novo circuito de Sochi, na Rússia

Como a pista foi completada apenas recentemente, não há muitos dados disponÁ­veis. No entanto, a Pirelli conduziu avançadas simulações em computador, em colaboração com as equipes, para se preparar para as demandas do novo circuito e prever as estratégias mais prováveis. Como resultado, os pneus P Zero Branco médio e o P Zero Amarelo macio foram escolhidos para a Rússia, combinação vista pela última vez no GP da Bélgica, em Spa-Francorchamps.

Sochi é um circuito de velocidade média com uma grande variedade de curvas, incluindo uma para a esquerda inspirada na Curva 8 de Istambul Park, que faz com que o pneu dianteiro direito receba enormes quantidades de energia. No total, são 12 curvas para a direita e seis para a esquerda, com uma reta de 650 metros entre a primeira e a segunda curva, na qual os carros devem atingir uma velocidade máxima em torno de 320 km/h. A velocidade média deve ficar na casa dos 215 km/h. A pista foi projetada pelo renomado arquiteto Hermann Tilke, cuja última criação na F1 foi o circuito de Austin, no Texas, nos EUA.

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Para Paul Hembery, diretor de automobilismo da Pirelli, “a Rússia é um território chave para a Pirelli, juntamente com todas as principais empresas automotivas do mundo. Por isso, estamos muito ansiosos pelo primeiro GP da Rússia, em Sochi, um marco significativo na história do esporte. Da perspectiva dos pneus, deve ser um desafio interessante. Temos uma grande variedade de curvas que devem testar todos os aspectos da performance. Como tem sido o caso em todos os GPs neste ano, esperamos entre dois e três pit stops e nossa escolha dos pneus reflete isso. Em termos de forças aplicadas sobre os pneus, podemos dizer que a Rússia fica em uma posição intermediária. As primeiras observações indicam que o asfalto é pouco abrasivo. Sobre o clima, as primeiras previsões sugerem que as condições serão amenas. Ir para um novo circuito é sempre empolgante e apenas quando chegarmos lá é que poderemos ter uma ideia mais completa sobre o que esperar. Dessa forma, todo o trabalho realizado nos treinos livres será particularmente importante para todos.”

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Jean Alesi, consultor da Pirelli, diz que “com a tecnologia de simulação que existe hoje, é muito mais fácil para os pilotos, equipes e fabricantes de pneus se prepararem para um novo GP do que era na minha época. Mas ainda há uma grande diferença entre o virtual e o real: as simulações nunca conseguem replicar tudo. Então, será importante para os pilotos e engenheiros inspecionar a pista cuidadosamente. Para compreender a natureza da superfÁ­cie, você deve tocá-la e senti-la. No primeiro dia, a pista estará muito suja e difÁ­cil de pilotar, o que torna bem difÁ­cil ter uma ideia precisa sobre os ajustes e as caracterÁ­sticas dos pneus. Sem informações prévias, é fácil interpretar mal os dados e ir na direção errada no que se refere aos ajustes, o que torna uma pista nova ainda mais desafiadora.”

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O circuito do ponto de vista dos pneus

Sochi não é particularmente parecida com nenhuma pista atual da F1, mas tem algumas caracterÁ­sticas em comum com o circuito de rua de Valência, usado até 2012.