F1: RBS, em dÁ­vidas, gasta R$ 73 mi com luxos na Fórmula 1

De forma indireta, a Williams participa de um escândalo financeiro envolvendo um de seus principais patrocinadores no Reino Unido.

Em reportagem publicada na edição deste domingo do jornal “Sunday Express”, os dirigentes do Royal Bank of Scotland (Banco Real da Escócia), que atravessa sérias dificuldades financeiras e corre o risco de quebrar, estão gastando cerca de € 25 milhões (cerca de R$ 73 mi) com luxos na Fórmula 1.

O valor investido na categoria e na escuderia inglesa contrasta com as grandes perdas de 2008: a crise financeira fez o banco acumular um prejuÁ­zo recorde de £ 28 bilhões (aproximadamente R$ 91,5 bi).

Segundo o jornal, o dinheiro dos contribuintes, que poderia ser usado para saldar as dÁ­vidas do banco, vem sendo empregado em camarotes luxuosos, com direito a open bar, vinhos finos e banquetes requintados.

“É ridÁ­culo que um banco formado com o dinheiro dos clientes use esse capital para patrocinar eventos esportivos. O RBS precisa entender que os contribuintes não querem ver seu dinheiro ser investido em esportes elitistas, especialmente em momentos tão difÁ­ceis economicamente”, afirmou Matthew Elliott, executivo-chefe da Aliança dos ContribuÁ­ntes do Reino Unido.

Além dos banquetes, os camarotes do RBS nos autódromos também contam com quiosques de marcas luxuosas, como a relojoaria TAG Heuer e a grife masculina Hackett, sem contar os massagistas, cabeleireiros e perfumarias. Os clientes, inclusive, contavam com a presença de um helicóptero.

O banco, por sua vez, admite os gastos com a Fórmula 1 e se justifica: “Estamos tentando o melhor para combinar o equilÁ­brio apropriado entre as obrigações contratual e manter os benefÁ­cios aos nossos clientes através de algumas atividades-chave”, afirmou, através de um porta-voz.

O RBS patrocina a Williams desde 2005, além de apoiar seis seleções nacionais de rugby e o tenista inglês Andy Murray. “Reconhecemos que precisamos garantir que nossos patrocinadores reflitam o processo de reestruturação que o banco atravessa”, completou o representante.

Em 2009, o carro da escuderia de Frank Williams carregará o logotipo do banco em um dos espaços mais nobres da carenagem do carro: a tampa do motor.

Fonte: Tazio