F3 Sulamericana: Curitiba tem sido pista de ‘um dono só’ desde 2003

Circuito paranaense costuma premiar um carro bem equilibrado com seqüência de vitórias na temporada. E, em boa parte dos casos recentes, supremacia também significou a conquista do tÁ­tulo.

A Fórmula 3 Sul-Americana desembarca nesta semana no Autódromo Internacional de Curitiba, onde Á  partir desta sexta-feira (25) serão disputadas a quinta e a sexta etapas da temporada, cercada por um tabu: desde 2003, o piloto que venceu a corrida realizada no sábado repetiu o resultado na etapa de domingo, o que significa que todas as seis rodadas duplas disputadas no circuito paranaense nos últimos quatro anos tiveram um único vencedor cada. E essa supremacia, na maioria dos casos, significou também a conquista do tÁ­tulo de campeão da temporada.

Foi assim em 2003 com Danilo Dirani, e no ano seguinte com Xandinho Negrão, que ganhou todas as quatro provas realizadas na pista naquele ano. João Barion foi imbatÁ­vel nas duas corridas que abriram a série em 2005, e Luiz Razia ganhou as quatro corridas disputadas em Curitiba no ano passado. Em uma delas, chegou a cair para último, mas cruzou a linha de chegada em primeiro. Destes, só Barion não conquistou o tÁ­tulo, mas na ocasião ele ficou de fora de seis das 18 corridas daquela temporada por falta de patrocÁ­nio.

Na opinião do engenheiro da equipe Razia Sports, Felipe Tejada, estes resultados não são coincidência, mas o resultado da soma de alguns fatores que poderiam garantir, também, a supremacia de um piloto ou equipe em qualquer outro circuito do calendário: um carro bem equilibrado e a combinação de técnica e arrojo na medida certa.

“Em Curitiba vence o melhor conjunto. Não por acaso, o piloto que consegue um bom desempenho nessa pista também faz boas corridas em outros circuitos, e acaba disputando o tÁ­tulo”, analisou Tejada. “Conseguir um tempo razoável nessa pista não é uma tarefa difÁ­cil. O complicado é tirar aquela pequena diferença que pode significar uma pole position, ou uma seqüência de voltas rápidas durante a corrida”, completou o engenheiro.

Para o carioca Ernesto Otero, que estréia na Fórmula 3 Sul-Americana na atual temporada, a pista paranaense tem quatro pontos onde piloto e carro podem fazer a diferença no tempo de uma volta. “No Esse de Alta e na Curva Zero, que dá acesso Á  reta dos boxes, a tocada precisa ser mais arrojada. Já na Entrada do Miolo e no Bico de Pato, a técnica fala mais alto. Analisando o traçado e as caracterÁ­sticas dos carros que andam bem nessa pista, fica mais fácil entender a origem desse tabu”, acrescentou o piloto da Razia Sports.

Sétimo colocado no campeonato com 10 pontos, Ernesto Otero espera conquistar neste fim de semana seu primeiro pódio na categoria, mas prefere esperar os primeiros treinos de sexta-feira para um prognóstico mais preciso. “Estou confiante porque treinamos muito bem em Interlagos e nosso carro está equilibrado. Tomara que eu seja o próximo a manter a escrita de vitórias nessa pista. Afina, para o meu campeonato, nada poderia ser melhor do que ganhar no sábado e também no domingo”, encerrou o piloto. A liderança na tabela é de Clemente Faria Jr., que tem 28 pontos.

Confira a programação para a Fórmula 3 Sul-Americana em Curitiba:


 


Sexta-feira – 25/5
10h Á s 10h30 – 1º treino livre
13h Á s 13h30 – 2º treino livre
16h20 Á s 16h50 – Tomada de tempos (5ª etapa)

Sábado – 26/5
10h30 Á s 11h – Tomada de tempos (6ª etapa)
14h30 – Largada (5ª etapa)

Domingo – 27/5
8h30 Á s 8h45 – Warm up
11h – Largada (6ª etapa)