F3 Sulamericana: Traçado de Jacarepaguã agrada a nova geração

Nova geração nunca havia competido na pista carioca que, apesar de degenerada, ainda causa emoção.

Os jovens pilotos do Campeonato Sul-Americano de Fórmula 3 competem neste final de semana pela primeira vez no traçado de 3.165 metros do circuito de Jacarepaguá, na cidade do Rio de Janeiro. Para eles, as condições da pista causam certa preocupação, mas o traçado entusiasma: â€œÉ um desenho muito legal, andamos de pé embaixo praticamente a volta toda”, disse o lÁ­der do torneio, Pedro Enrique, de 19 anos. “Falam muito mal dessa pista, devido Á  mutilação que ela sofreu com as obras para o Pan-Americano, mas ela ainda emociona. Valeu a pena vir correr aqui”, completou o piloto, que soma 67 pontos no primeiro lugar da tabela.

“Em termos de velocidade máxima absoluta, os carros da F-3 não atingem seu melhor desempenho em Jacarepaguá. Em pistas realmente de alta velocidade e com longas retas antecedidas por curvas de raio bem aberto, nossos Dallara (com motor Berta) superam os 270 km/h”, detalha o lÁ­der da Fórmula 3. “Mas aqui há trechos que exigem habilidade do piloto. É preciso muita atenção, o piloto tem que manter o foco o tempo todo. É por isso que estamos gostando muito dessa primeira visita a Jacarepaguá”.

Terceiro colocado no torneio, Denis Navarro registrou suas velocidades máximas no traçado carioca: “No final da reta cheguei a 230 km/h, e no interior da Curva Sul, a mais veloz, passei de 160 km/h”. Mas estes números devem aumentar até a largada da primeira corrida da categoria em Jacarepaguá. Válida pela 11ª etapa da temporada, ela terá largada amanhã, a partir das 12h55. “Ainda estamos apenas começando a conhecer a pista”, justifica Pedro Enrique. “Seremos bem mais rápidos”.

A sensação de velocidade, no entanto, parece ser um privilégio da F-3 se comparada a outras categorias na pista carioca. “Carros do tipo Turismo, que são bem mais pesados e com entreeixos maior, tendem a ser bem mais lentos”, explica o ex-piloto mineiro Roberto Mourão, que competiu várias vezes em Jacarepaguá em torneios de diversas categorias. “Os F-3 são pequenos, potentes e muito ágeis – são ideais para este traçado”, opinou.

Mas nem tudo é elogio. As condições do asfalto, bastante abrasivo, e as instalações em geral do circuito chamaram a atenção dos competidores. “Uma reforma seria importante para manter este traçado vivo por muitos anos”, disse Pedro Enrique.