GP2 Series: Bruno Senna é o melhor estreante brasileiro na categoria

Com o 4º lugar na abertura da rodada dupla do GP do Bahrein, Bruno Senna transformou-se neste sábado no melhor estreante brasileiro nos três anos de história da Fórmula GP2. Na véspera, o piloto da Arden International já havia conquistado também a melhor posição de largada na primeira corrida de um representante do PaÁ­s ao estabelecer a 5ª volta mais rápida dos treinos classificatórios no circuito de Sakhir. A vitória foi do italiano Luca Filippi, da SuperNova International, que largou na pole só deixou a liderança ao fazer a parada para troca de dois pneus.


Apesar da experiência ainda curta no automobilismo – começou a carreira no final de 2004 na Fórmula BMW na Inglaterra -, Bruno mostrou a maturidade de um veterano. Soube evitar os perigos da primeira curva logo depois da largada e, depois do pit stop obrigatório, consolidou-se na quarta colocação. “Estou contente pra caramba. Só fiquei um pouco ansioso no final porque as corridas na GP2 são longas e esta parecia que não acabava mais”, comentou, bem-humorado, o paulista de 23 anos.

SaÁ­do da Fórmula 3 inglesa, onde as provas duram em média cerca de 30 minutos, Bruno reconheceu que as exigências fÁ­sicas da GP2 são bem maiores. “Deu para cansar um pouco, sim, principalmente por causa do calor. Mas consegui manter um ritmo forte, apesar do desgaste acentuado dos pneus na parte final da prova. Eu estava até mais veloz que o Andreas Zuber, que chegou logo Á  minha frente”, afirmou.

Bruno correu sem sofrer grande pressão na maior parte da prova. A rigor, levou um susto apenas na saÁ­da dos boxes depois da troca dos pneus. “A equipe tinha me alertado para tomar cuidado e não puxar duas sobreviseiras de uma vez. Mesmo assim, foi exatamente o que fiz. Estava até difÁ­cil de enxergar algo nas últimas voltas por causa da quantidade de óleo acumulado na viseira”.

Como o regulamento a Fórmula GP2 determina a inversão do grid dos oito primeiros colocados para a segunda prova, Bruno partirá em 4º na corrida curta – 23 voltas e duração aproximada de 40 minutos – e a pole será ocupada pelo espanhol Borja GarcÁ­a, da Durango Fórmula. “Espero um ritmo bem mais rápido, já que vamos correr praticamente na configuração de classificação, com muito menos combustÁ­vel. O peso da gasolina muda bastante o acerto. Vamos ter de levar isso em consideração para a prova de amanhã.”

Dos demais brasileiros, Lucas di Grassi (ART Grand Prix) terminou em 5º, Sérgio Jimenez (Racing Engineering) em 15º e Antonio Pizzonia (FMS International) em 17º. Xandinho Negrão (MInardi Piquet Sports), que havia largado na segunda posição, recebeu um toque de Timo Glock na primeira curva, caiu para 9º e mais tarde, quando já corria na zona de pontos, abandonou em conseqüência de um acidente sem maior gravidade.