GP2 Series: Jimenez anda forte na estréia

Brasileiro saiu em último, do box, perdendo 15 segundos em relação ao restante do grid, mas com estratégia inteligente e velocidade conseguiu ganhar muitas posições.

Em uma corrida de estréia difÁ­cil, o brasileiro Sérgio Jimenez andou forte e mostrou que é candidato a bons resultados na Fórmula GP2. Com pouca experiência com o Dallara/Renault e também sem conhecer o traçado do Bahrein, Jimenez largou do box mas com boa velocidade e uma estratégia de pneus inteligente recuperou várias posições, colocando-se em posição para brigar na primeira metade do pelotão apesar de ter saÁ­do tão atrás entre os 26 participantes. “Foi uma boa estréia, embora o resultado não sugira isso Á  primeira vista”, conta o piloto da equipe Racing Engineering, que abandonou a corrida faltando duas voltas por quebra no motor.

“Eu estou mesmo tendo uma estréia muito complicado. O câmbio quebrou antes das tomadas de tempo ontem (sexta-feira) e hoje foi o motor, faltando duas voltas para o final, quando eu estava em 13º. Mas a realidade é que esta prova está me servindo como um treino, pois eu praticamente não tive testes de pré-temporada. Então, a velocidade que registramos durante a prova e o fato de ter passado tantos carros foi importante. Na corrida de amanhã, vamos fazer tudo de novo: ganhar quilometragem ao volante, conhecer melhor o equipamento e, ao mesmo tempo, disputar freadas. E, apesar dos imprevistos, eu e a equipe estamos satisfeitos com o obtido até aqui, especialmente por que estamos melhorando bastante o carro. Acho que para a segunda corrida aqui no Bahrein teremos um desempenho ainda mais agressivo”, comentou o brasileiro da Racing Engineering.

Apesar de novato, Sérgio soube trabalhar as caracterÁ­sticas de seu Dallara/Renault para ganhar posições no traçado barenita: “Nosso carro andava bem aqui com pneus mais usados, então antecipamos o pit stop e fizemos a troca logo na terceira volta”, conta ele. “Assim, tivemos boa velocidade devido Á  nova borracha no começo da prova, quando eu estava recuperando os segundos que perdi por largar do box e tinha a pista mais livre Á  frente, o que me permitiu andar praticamente o tempo todo no traçado ideal e acelerando para valer. Depois, quando os demais carros começaram a fazer seus pit stops (da 9ª Á  13ª volta), eu continuei em um bom ritmo e pude manter os tempos em um nÁ­vel competitivo. Por isso ganhamos tantas posições entre os 26 participantes”, completa Jimenez, que terminou a corrida na 19º posição após a quebra.

Sérgio teve que largar do box devido a um problema na embreagem. Além do Dallara do brasileiro, outros três carros tiveram a mesma dificuldade, o que causou a interrupção do funcionamento do motor. Todos foram obrigados a largar do box, com Jimenez em último. Suspeita-se que o calor tenha prejudicado a embreagem, que aqueceu demais com os carros parados por tempo excessivo no grid. “Achei que pudesse ter sido essa situação, aqui no calor do Bahrein, que causou algum problema no motor. Logo nas primeiras voltas o alarme de temperatura já acendeu. Corri preocupado, pensando que a qualquer momento o motor poderia quebrar. Felizmente, tive várias voltas de sobrevida e pude mostrar algum serviço. A equipe descobriu que já na primeira ou segunda volta alguma coisa, como uma pedra voando do pneu do carro da frente, furou o radiador e isso provocou o superaquecimento. Para amanhã, teremos outro motor e espero conseguir terminar a prova bem colocado”, conta o brasileiro da equipe Racing Engineering.