GP2 Series: Câmbio quebra na estréia de Jimenez

Um dos poucos que não conhece o traçado, Jimenez teve apenas cinco voltas de treino antes de ir para a definição do grid.

Piloto de mais rápida evolução na carreira no atual grid da Fórmula GP2, o brasileiro Sérgio Jimenez sofreu os problemas do noviciado nos treinos livres e nas tomadas de tempo para o grid da rodada dupla de abertura da temporada, no circuito do Bahrein, onde também compete a Fórmula 1 neste fim de semana. A principal dificuldade ocorreu já no único treino livre, quando Sérgio deu apenas cinco voltas até a quebra do eixo-piloto do câmbio que equipa o chassi Dallara com motor Renault. Desta forma, o estreante brasileiro foi para a tomada de tempos praticamente sem conhecer o traçado, e não fez feio: com o primeiro jogo de pneus novos, Jimenez ficou na 13ª posição, e tinha condições de ficar na 7ª fila do grid, um resultado bastante positivo para alguém com tão pouca experiência com o GP2 e o traçado barenita. Mas uma mudança no ajuste da asa dianteira acabou prejudicando a aderência justamente no momento de aproveitar o último jogo novo de pneus, e Sérgio acabou na 22ª posição.

É prática comum entre os pilotos da GP2 alugar carros potentes e fazer treinos privados nos circuitos onde serão disputadas as provas – já que o regulamento proÁ­be testes particulares com os monopostos oficiais. Como Jimenez foi contratado Á s vésperas da abertura da temporada, o brasileiro não pÁ´de fazer este treino no Bahrein: “Esta é uma desvantagem com a qual terei que lidar, especialmente nos primeiros treinos e nas primeiras corridas”, explicou Jimenez.

“Foi muito ruim esta quebra do eixo-piloto, algo incomum na GP2, pois isso me roubou um valioso tempo de pista, quando eu aprimoraria meu traçado e exploraria as possibilidades do carro. Meu plano nesta primeira corrida era largar entre os 15 primeiros e tentar progredir durante a corrida. Essa era uma possibilidade realista. E tenho que destacar o trabalho da minha equipe (Racing Engineering), que realmente passou momentos de muita pressão para recuperar o câmbio, pois a peça que quebrou dá muito trabalho nessas situações. Mas, agora, saindo em 22º para a primeira prova, vou tentar aprender ao máximo enquanto a competição acontece, e procurar o melhor resultado possÁ­vel. Meu único problema é a falta de treinos, de experiência, e esta corrida servirá como uma espécie de laboratório para que eu possa aprender e evoluir para o restante da temporada”, explicou o brasileiro que, em apenas um ano e meio, saiu do kartismo para a GP2.