Mesmo com pole-position sendo uma grande vantagem em Monte Carlo, o brasileiro também aposta em estratégia de pit-stops.
Tradicionalmente feita em duas provas, no sábado a mais longa e no domingo uma de menor distância, a Fórmula GP2 quebra o protocolo neste final de semana, em MÁ´naco, onde será realizada apenas uma rodada da competição, no sábado (26/5), já que as atenções no dia seguinte se voltam para a Fórmula 1. A largada, programada para as 11h00 (horário de BrasÁlia), terá um significado especial para o brasileiro Antonio Pizzonia, que depois de quatro anos voltará a correr “em casaâ€, já que reside em MÁ´naco, mas fez sua última corrida no circuito de rua em 2003, quando pilotou a Jaguar na categoria máxima do automobilismo. â€Monte Carlo tem uma pista muito técnica, e os pontos conquistados nela são fundamentaisâ€, destacou o amazonense.
No traçado do principado, onde Antonio disputou provas em três oportunidades, sendo duas na Fórmula 3000 e a última na Fórmula 1, o manauara considera que a experiência e a prática se tornam fatores importantes para o sucesso. “Como a quantidade de treinos é muito pequena, e em MÁ´naco só temos a oportunidade de treinar nos finais de semana oficiais, quem tem mais provas disputadas por aqui acaba tendo mais vantagens inicialmente, principalmente quem já correu de GP2 no ano passadoâ€, avaliou o piloto da Fisichella MotorSport. “Espero tirar proveito dos treinos para me readaptar rápido, já que não corro aqui fazem quatro anos, mas de modo geral eu sempre me adaptei tranquilamenteâ€, completou o representante da equipe FMSI.
Os quesitos fÁsico e psicológico também são pontos a serem destacados pelo amazonense, que está em sua primeira temporada na Fórmula GP2. â€œÉ uma pista muito desgastante, pois exige concentração máxima o tempo todo. Um erro pode ser fatal, e o preparo ideal pode fazer a diferençaâ€, opinou Pizzonia, que depois da prova da Espanha voltou para a Itália, onde continuou sua preparação especÁfica no Formula Medicine, o mais conceituado centro de treinamento fÁsico e psicológico para pilotos na Europa.
Como todo piloto que já teve a experiência de correr nas ruas do Principado de MÁ´naco, Antonio coloca a classificação de sexta-feira como o ponto crucial para a tentativa de um bom resultado nesta prova, mas avalia que a estratégia de pit-stops na categoria pode ajudar e muito. “O que facilita aqui em Monte Carlo é largar o máximo possÁvel na frente. O meu objetivo será a pole-position, que é muito importante nesta etapa. Em todo caso, o pit-stop obrigatório pode entrar como uma arma estratégica para que possamos levar alguma vantagem sobre os demais, tornando-se outro fator fundamentalâ€, concluiu Antonio Pizzonia.
Durante a pré-temporada, a categoria testou o pacote aerodinâmico especial para esta prova em uma única oportunidade, quando as 13 equipes estiveram no circuito francês de Paul Ricard, na configuração de traçado 2D-b, mais curta e travado que as demais, justamente para que as equipes pudessem desenvolver seu acerto especÁfico para circuito de rua. O resultado não surpreendeu: as equipes iSport e Super Nova, que já venceram este ano com Timo Glock e Luca Filippi, respectivamente, dominaram a tabela de tempos naquela ocasião.