GT3 Brasil: Forte calor preocupa pilotos em Goiânia

Previsão é de 36 graus de temperatura máxima nos três dias do evento em Goiânia.

Os pilotos do Brasil GT3 Championship terão em Goiânia um adversário contra o qual ainda não haviam lutado nesta temporada: o calor. A previsão do tempo para os três dias de evento – contando com os treinos extras desta sexta-feira – aponta temperatura mÁ­nima de 22 e máxima de 36 graus, segundo o site de metereologia Climatempo.

Para quem passa quase uma hora acelerando um Ferrari, um Dodge Viper, um Porsche ou um Lamborghini vestindo macacão, luvas, sapatilhas, balaclava e capacete, é um desafio e tanto. Ainda mais após saberem que durante a etapa da Fórmula Truck disputada em Goiânia, no dia 16 de setembro, a temperatura no Autódromo Internacional Ayrton Senna chegou a 43 graus.

“Realmente, está um calor danado”, impressionou-se Walter Derani, que pilota um Ferrari F430. “Treinamos aqui na semana passada e o clima está tão quente que dá a impressão de que o asfalto vai ficando liso, pois o carro começa a ‘desgarrar’ nas curvas”, apontou. “O preparo fÁ­sico conta demais numa hora dessas e acho que alguns pilotos deverão levar vantagem neste quesito. Agora, quem vai sofrer mesmo é o carro, que vai andar o tempo todo num regime de temperatura muito alto”, afirmou.

Seu parceiro Cláudio Ricci teve experiência semelhante com o calor há menos de uma semana, quando disputou a 10ª etapa da Stock Car V8 no circuito de Tarumã, no Rio Grande do Sul. “Lá estava muito calor, e dentro de um carro de Stock, é pior ainda. Goiânia é mais quente, mas acho que, em termos de sensação térmica dentro do carro, vai ser parecido com Tarumã, já que o Ferrari não passa tanto o calor do motor para dentro do cockpit. Sua refrigeração é melhor e o carro é mais confortável de se pilotar”, detalhou.

Pneus – Uma grande expectativa está ligada ao desempenho dos pneus, sempre o item mais afetado quando se compete em uma pista mergulhada em ambiente de temperaturas altas. “A qualidade dos pneus Michelin tem surpreendido no aspecto positivo até agora”, elogiou o piloto carioca Andréas Mattheis, que compete com um Lamborghini Gallardo e está na vice-liderança do torneio. “Mas ainda não competimos sob forte calor. A rodada dupla aqui em Goiânia será um bom teste em termos de desgaste”.

Quem mais demonstrou preocupação foi o piloto da casa, Alencar Junior. “Ainda bem que tem troca obrigatória de pilotos, porque acho que não agüentaria pilotar num calor desses por uma hora inteira”, disse o parceiro de Rafael Derani no Ferrari F430 da CRT. A dupla também realizou uma sessão de testes no traçado goiano na última semana. “Tinha horas que a sola do meu pé chegava a queimar, de tão quente que ficavam os pedais do carro”, apontou.