IndyCar: No Kansas, Meira ganha posições no campeonato

Décimo após quebra na carenagem, Meira festeja ganho de posições no campeonato

Depois de inÁ­cio promissor, brasileiro tem corrida dificultada por perda de pressão aerodinâmica e por mau trabalho da A.J. Foyt nos pit stops

 
A pouca pressão aerodinâmica, fator acentuado por uma quebra antes da metade da corrida, e o trabalho lento da A.J. Foyt Racing durante os pit stops para troca de pneus e reabastecimento foram os maiores adversários de Vitor Meira no GP do Kansas, disputado na tarde deste sábado (1º). Apesar dos contratempos, o piloto brasileiro atingiu a meta de concluir a disputa no grupo dos 10 primeiros – foi justamente o décimo, na vitória do neozelandês Scott Dixon.

Sexto no grid, Meira teve um inÁ­cio de corrida promissor no oval de uma milha e meia do Kansas Speedway. Em menos de 10 voltas, figurava em quarto e era o mais rápido da pista entre os primeiros colocados, acompanhando sempre de perto o ritmo de Dixon, do pole-position australiano Ryan Briscoe e do escocês Dario Franchitti. Sua queda de produção começou a se desenhar na 56ª volta, em seu primeiro pit stops, do qual voltou em sétimo.

“O trabalho nos boxes hoje foi muito ruim, a cada parada eram duas, três posições que eu perdia. Isso vai ser discutido na reunião da equipe já na segunda-feira, essas coisas não podem acontecer”, observou o brasiliense de 33 anos. “A gente poderia ter ficado umas quatro ou três posições Á  frente. Foi nos boxes, por exemplo, que eu perdi posições para o Marco (Moraes) e o (Jon) Andretti”, citou, sobre os pilotos que terminaram em sétimo e nono.

Os pit stops mais demorados que os da concorrência, contudo, não foram o problema mais sério enfrentado por Vitor Meira na primeira corrida da Fórmula Indy em circuito oval em 2010. Ele lidou, durante mais da metade da prova, com a falta de pressão aerodinâmica do carro número 14. “A gente sabia que não era o ideal, mas por uma série de fatores concluÁ­mos que o mais indicado era deixar o carro com pouco downforce para a corrida”, revelou.

A opção de Meira e da A.J. Foyt Racing acabou convertida num drama ao piloto a partir da quebra de uma aleta aerodinâmica instalada como extensão da lateral da carenagem de seu carro, perto da metade da corrida. “Com pneus novos eu até conseguia ser rápido, mas conforme os pneus vinham perdendo aderência ficava cada vez mais difÁ­cil permanecer na pista, meu carro ficou muito instável. A verdade é que eu sofri bastante com isso”, disse.

Com os pontos da décima colocação no Kansas, Meira subiu do 11º para o nono lugar na classificação do campeonato. “O importante é isso, a gente poder mostrar que está melhorando e que está no caminho certo. Ainda não estamos em um nÁ­vel perfeito, mas ficou provado que o nosso carro vai muito bem em ovais, as próximas corridas serão em ovais. SaÁ­mos daqui com um saldo positivo, com uma boa base para trabalhar daqui por diante”, avaliou.

A temporada 2010 da Indy terá sequência no próximo dia 30, com as 500 Milhas de Indianápolis.