IRL: Categoria tenta voltar para circuito que matou dois de seus pilotos

O segundo dia de testes de compatibilidade da IRL no circuito de Daytona viu todos os quatro pilotos presentes saindo da pista pelo menos uma vez, e dois deles acertando a barreira de pneus ou o muro de proteção.

Os incidentes, nenhum deles resultando em lesões, vieram conforme os pilotos aumentavam a velocidade com confiança na versão da pista de dez curvas e aproximadamente 4,39 quilÁ´metros.


A categoria realiza testes na pista dominada pela Nascar pela primeira vez desde 1959, quando dois de seus pilotos morreram em dois diferentes acidentes. O autódromo, então, foi declarado inseguro para monopostos.


Nesta semana, os testes têm servido especialmente para verificar se essa caracterÁ­stica se manteve. O primeiro desenho do traçado adotado, porém, causou tantos problemas que foi alterado mais tarde para a versão completa, usada geralmente para corridas de moto. Dessa forma, o circuito ganhou mais duas curvas e 0,35 quilÁ´metros, deixando os pilotos muito mais satisfeitos.


“Como pilotos de corrida, nós nunca estaremos felizes, nós iremos sempre reclamar de alguma coisa”, disse e o brasileiro Tony Kanaan, da Andretti Green, o principal incentivador da mudança do desenho do traçado. “Acho que o que estamos buscando é uma pista melhor para descobrir mais coisas.”


Outro brasileiro participante da sessão, Vitor Meira, da Panther, também se envolveu em acidentes, protagonizando o mais perigoso da sessão, quando perdeu o controle do carro, rodou e se chocou contra o muro de proteção.


Sam Hornish Jr, companheiro de Helio Castroneves na Penske e campeão de 2006, também bateu. Seu carro rodou e ele ficou parado na barreira de pneus na chicane, mesmo ponto onde Meira se acidentou. “Nós fizemos algumas mudanças logo após isso acontecer, mas não tenho certeza de que teve um papel nisso, ou não”, disse Hornish.


As dificuldades levaram a uma mudança que os carros, no entanto, só aproveitaram nos últimos 20 minutos da sessão. “Você acrescenta um par de novas curvas e ele se torna mais fÁ­sico e difÁ­cil para nós”, disse Kanaan. “É mais desafiador para acertar o carro. Quando olhamos para ele, percebemos que as mudanças poderiam ser feitas. Por que não fazê-las, então? Podemos descobrir se vai funcionar. Será mais competitivo e terá mais pontos de ultrapassagem.”


Os dirigentes da IRL ainda querem realizar uma sessão de testes com todos os carros da categoria na pista de Daytona no inÁ­cio do ano que vem, com o objetivo final levando a uma etapa da categoria no circuito em 2008.