Kart: Modelo do Campeonato Paulista de Kart inspira I GP Brasil em Itu

Uso de motores sorteados e de preparação original das marcas Honda, Fireball, Vortex e TM é a novidade deste novo Campeonato Brasileiro de Kart.

Realidade na Europa há alguns anos, o uso de motores refrigerados a água e de preparação original ganha cada vez mais espaço no kartismo brasileiro. Depois de ser adotado com sucesso no Campeonato Paulista da modalidade – que mudou seu regulamento técnico após 41 anos de uso de motores de preparação livre – o sistema de aluguel de propulsores será empregado, também, em um campeonato nacional da modalidade.

No próximo fim de semana, o moderno Kartódromo de Itu, a 80 km de São Paulo, receberá a primeira edição do GP Brasil de Kart, que na prática é o primeiro campeonato brasileiro da modalidade em que predomina o uso de propulsores sorteados. Atualmente, essa prática só era comum em torneios nacionais nas categorias Mirim e Cadete, que usam motores Honda.

O primeiro GP Brasil será disputado rigorosamente com os mesmos equipamentos utilizados no Campeonato Paulista de Kart, e na mesma configuração de categorias. Isso significa que os jovens pilotos da Kadet – no estadual a categoria recebe nomenclatura diferenciada – correrão com motores Honda, enquanto os pilotos da Fireball Júnior e Sprinter usarão os motores Fireball. Já na ROK Jr. os motores usados são os Vortex ROK. A Shifter, como de costume, vai utilizar os propulsores TM K9, equipados com câmbio de seis marchas.

“Vemos a chegada deste campeonato como uma aposta da Comissão Nacional de Kart da CBA no uso de motores sorteados, que comprovadamente diminuem os custos e aumentam a competitividade em todas as categorias do kartismo”, disse Paulo Carcasci, um dos promotores do Campeonato Paulista e responsável pelos motores Fireball.

Esta fórmula tem dado certo no Campeonato Paulista, que teve uma significativa redução de custos neste ano, e por isso será empregada no GP Brasil. “Para os pilotos, isso significa que eles poderão ser campeões de um torneio com envergadura nacional gastando muito menos”, acrescentou Rafael Cançado, que também promove o Paulista de Kart e é responsável pelos motores Vortex e TM.

Os custos de participação de um piloto com estrutura de ponta em um Brasileiro de Kart atualmente pode superar a casa dos R$ 40 mil, um investimento astronÁ´mico se comparado aos R$ 4 mil que devem ser empregados, em média, no GP Brasil. Em fase embrionária, a abrangência da competição ainda não é conhecida pelos promotores, mas a expectativa é de que a competição cresça em pouco tempo.

“Aos poucos, os pilotos começam a perceber as vantagens do uso de motores sorteados. No Brasileiro de Kart, é praticamente impossÁ­vel sonhar com o tÁ­tulo atualmente sem um investimento muito alto na preparação de motores. E essa fórmula não garante a vitória do melhor piloto. Ganha, muitas vezes, quem tem maior capacidade financeira. No GP Brasil essa lógica muda completamente, e por isso o torneio deve repetir a alta competitividade evidenciada neste ano no Campeonato Paulista de Kart”, opinou Paulo Carcasci.

A programação do I GP Brasil de Kart vai abrigar, também, a IV edição do Campeonato Brasileiro de Kart Endurance. Os treinos oficiais no circuito do Interior Paulista começam na quarta-feira. As atividades na pista terminam no sábado (2/9).