Outra: Nissan é penalizada pelo bom desempenho na Super GT

GT-R da equipe do brasileiro João Paulo de Oliveira vai receber 80 kg de lastro a partir da etapa deste domingo.

As constantes vitórias da Nissan no Campeonato Japonês de Super GT estão incomodando. Depois que a dupla Satoshi Motoyama (JAP)/Bernard Treluyer (FRA) venceu as duas primeiras etapas do principal certame de carros GT do Oriente, a GTA (organizadora da competição) decidiu promover mudanças técnicas nos carros da fábrica japonesa. “Infelizmente a força polÁ­tica prevaleceu e todos os Nissan contarão a partir da próxima corrida com um peso extra de 80 kg, até o final da temporada. Isso vai fazer diferença”, afirma o brasileiro João Paulo de Oliveira, piloto oficial da montadora. A 3ª etapa do campeonato acontece no próximo domingo (04/05) no Autódromo de Fuji, o mesmo que recebe o GP do Japão de F1.

Após uma solicitação em conjunto das concorrentes Toyota e Honda, o órgão regulador da Super GT decidiu limitar o desempenho dos modelos GT-R impondo um reajuste de peso, conhecido no Brasil como ‘Troféu Bigorna’. João Paulo de Oliveira não concorda com a punição imposta pelas autoridades japonesas, e se sentiu ainda mais lesado com a adoção desta medida. “No nosso caso, que até agora não somamos peso pelos resultados conquistados, teremos nossa estratégia do campeonato prejudicada”, conta. O peso acrescentado é superior ao do segundo piloto andando como passageiro na corrida.

De acordo com as regras da Super GT, os pilotos vão acumulando lastros no carro de acordo com os bons resultados obtidos durante o ano. “Com essa mudança, mesmo que um carro da Toyota ou da Honda vença uma corrida, ainda assim eles contarão com menos peso que nós”, alerta. Apesar dos problemas, o paulista sabe que deve se esforçar ainda mais para manter bons desempenhos nas pistas. “A situação mudou e não nos agradou em nada, mas devemos continuar lutando da mesma forma”, conclui.

A corrida de Fuji será uma das mais longas do calendário, com 500km de duração. Exatamente por isso o brasileiro aposta que pode alcançar um bom resultado. “Fuji é um circuito que favorece muito o carro da Toyota, por suas longas retas. Mas será uma corrida longa e tudo pode acontecer”, explica JP, como ele é conhecido no Japão. E ele também já traçou sua estratégia. “Farei dois stints durante a corrida e espero poder entregar o carro para meu companheiro ter chances de pontuação”, finaliza.

Veja os 10 primeiros na tabela de classificação da Super GT após duas etapas:

1º) Benoit Treluyer (FRA)/Satoshi Motoyama (JAP), Nissan GT-R (B), 46 pontos
2º) Andre Lotterer (ALE)/Juichi Wakisaka (JAP), Toyota SC430 (B), 19
3°) Michael Krumm (ALE)/Masataka Yanagida (JAP), Nissan GT-R (B), 18
4º) Sebastien Phillipe (FRA)/Tsugio Matsuda (JAP), Nissan GT-R (B), 18
5º) Ralph Firman (IRL)/Takuya Izawa (JAP), Honda NSX (B), 14
6°) Richard Lyons (IRL)/Yuji Tachikawa (JAP), Toyota SC430 (B), 12
7º) João Paulo de Oliveira (BRA)/Seiji Ara (JAP), Nissan GT-R (Y), 10
8º) Peter Dumbreck (ESC)/Tatsuya Kataoka (JAP), Toyota SC430 (B), 10
9º) Loic Duval (FRA)/Katsuyuki Hiranaka (JAP), Honda NSX (D), 8
10) Ryo Michigani (JAP)/Takashi Kogure (JAP), Honda NSX (B), 4 pontos