Pick-up: Iserhard “nasce novamente” após batida assustadora

Gaúcho bate em carro parado a cerca de 200 km/h, durante disputa da etapa de Curitiba, escapando milagrosamente sem ferimentos graves.

Um grande susto marcou a participação de Rafael Iserhard (Postos Charrua) na sexta etapa da Pick-up Racing, disputada no último domingo (25) no anel externo de Curitiba e que garantiu o tÁ­tulo antecipado ao paranaense Julio Campos.

Na abertura da 34ª volta da prova, em uma disputa com Thiago Riberi, da Gramacho Stedile, o gaúcho acabou ficando sem espaço na pista e entrou na grama que faz margem Á  reta dos boxes, perdendo o controle do carro. Em altÁ­ssima velocidade, Iserhard não conseguiu desviar do carro do parceiro na equipe M4T, Douglas Soares, que havia abandonado na largada, mas o equipamento permaneceu no lugar.

O impacto assustador aconteceu a cerca de 200 km/h e foi tão forte que o carro de Iserhard ricocheteou para a pista, acertando o muro do outro lado, enquanto algumas peças voaram e atingiram mais de dez metros de altura. A corrida foi dada como encerrada com a bandeira vermelha, e o piloto de Santa Cruz do Sul foi atendido no local, sendo levado para o Hospital Vita com dores no braço esquerdo e uma contusão lombar. Por sorte, exames não detectaram nenhuma fratura e Iserhard foi liberado horas depois para retornar ao Rio Grande do Sul.

“Não nos tocamos, nem nada”, disse Rafael, sobre Riberi. “Ele foi me apertando até o ponto em que a pista acabou e virou grama. A partir de então, não tinha mais o que fazer, já que o carro estava desgovernado a mais de 200 km/h. Não adiantava virar o volante para lugar nenhum pois o carro não responderia.”

“Quando vi a picape do Douglas crescendo, só tive tempo de me preparar para o impacto. Se o carro não estivesse ali, teria apenas raspado no guard rail e minha picape acabaria parando. Se bobear, até continuaria na disputa, mas não foi isso o que aconteceu, infelizmente”, comentou o piloto, sobre a posição perigosa que a direção de prova deixou o carro de Soares.

Depois do impacto, Rafael ainda teve de lidar com um incêndio no carro: “Depois que o carro parou, teria de sair pelo outro lado e estava sem pressa, pois não adiantava fazer nada correndo. Só que aÁ­ o fogo começou perto dos meus pés e tive de sair rápido do carro, no meio do atendimento dos paramédicos.”

Depois de receber alta do hospital, Iserhard só se queixa de escoriações e algumas dores. “O cotovelo esquerdo está inchado, mas não foi detectada nenhuma fratura. Estou com a marca do cinto na região do pescoço e entre as pernas, e sinto um pouco de dores nas costas. Se tenho sete vidas, uma eu deixei nessa batida”, brincou.

Se o piloto está bem, o mesmo não pode se dizer dos carros. Tanto o de Iserhard quanto o de Soares foram considerados perda total pelos comissários, trazendo um grande prejuÁ­zo para a equipe M4T. “Como não dá para recuperar mais os carros, vamos procurar alugar algum que esteja parado para a etapa de Tarumã [marcada para o dia 25 de novembro]. Não posso ficar sem correr em casa. Uma coisa é certa: estarei novamente na briga pelo pódio na corrida que vem”, completou.