Rally: Rafael Sartori aponta importância do trabalho de navegação nos rallys de velocidade

Nem sempre eles são reconhecidos da maneira que deveriam. Mas isto não os desanima na busca de aperfeiçoar cada vez mais seus trabalhos. São os navegadores de rally de velocidade que cumprem uma missão de suma importância no desenrolar das provas e até mesmo antes delas.


Rafael Sartori é um destes navegadores que foi adquirindo vasta experiência ao longo dos anos e transformou-se num do s melhores no Brasil. Ao lado do irmão e piloto, Juliano Sartori, na equipe Bitshop Rally Team (Bitshop/Z2 Complementos/Abadia Preparações, ele busca este ano o tÁ­tulo do Campeonato Brasileiro de Rally Velocidade, na categoria N4, a mais forte do certame nacional.



Nesta entrevista, Rafael fala um pouco mais da vida de um navegador no rally de velocidade. Ele destaca que o trabalho do navegador começa já nos levantamentos, onde tem que anotar as curvas e sua graduação de dificuldade, que o piloto lhe fornece, bem como outras informações que ele deseja escutar naquele trecho, no momento da prova.



“Durante o transcorrer da prova, precisamos estar atentos ao horário de controle para a largada das especiais, para os deslocamentos e para os apoios mecânicos, se houver algum atraso ou adianto nestes horários, seremos penalizados. Temos também que cuidar com o trajeto nos deslocamentos, pois o regulamento não permite seguir em lugares diferentes daqueles informados no livro de bordo. Na verdade o navegador tem que ficar atento a tudo o que acontece num rally, menos com a pilotagem, que é por conta do piloto”, explica Rafael.


Ele acrescenta que o navegador é importante no sentido de informar ao piloto, no momento certo, as informações que ele precisa, sejam elas durante a especial ou não. “Claro que isso não é tudo, pois o piloto precisa fazer a parte dele também, para a dupla obter sucesso. No meu caso, o Juliano cumpre de maneira excepcional a parte dele, pois é um ótimo piloto. É só dessa maneira que podemos almejar as vitórias”, frisa o navegador.



Para ele, os  momentos mais tensos porque passa um navegador, é quando se está lutando por uma diferença de poucos segundos para um concorrente numa prova, onde qualquer erro na informação dada ao piloto pode ser a diferença entre a vitória ou a derrota. “Os mais fáceis, claro, é quando estamos deslocando para colocar o carro no parque fechado de final de prova”, brinca.