Stock: Aos 20 anos, Mario Romancini estréia na Copa Nextel como piloto mais jovem do grid

Paulista acumula vitórias na Fórmula Renault e na F-3 Sul-Americana, onde foi vice-campeão no ano passado mesmo sem disputar todas as corridas do campeonato.

A carreira do paulista Mario Romancini, jovem revelação do automobilismo brasileiro, tomará um novo rumo a partir do dia 09 de novembro. Essa data marcará a estréia do atual vice-campeão da Fórmula 3 Sul-Americana na principal categoria do paÁ­s, a Copa Nextel Stock Car, que chega Á  metade da fase final desta temporada com mais uma corrida no Distrito Federal.


 


Romancini firmou acordo com a equipe Hot Car e será companheiro de Popó Bueno nas três últimas corridas do ano, assumindo a vaga que, nas primeiras nove provas, pertenceu a Juliano Moro. Sua chegada a Stock Car deve-se, principalmente, Á  opção da Dow Automotive por seu nome. A empresa já apoiava o time comandado por Amadeu Rodrigues nas primeiras corridas do calendário.


 


Aos 20 anos de idade, Romancini será, também, o piloto mais jovem do grid, e chega Á  Copa Nextel depois de três temporadas competindo em monopostos. “Estou muito entusiasmado com a assinatura de meu primeiro contrato na Stock Car. Eu não esperava estrear diretamente na Copa Nextel sem ter, antes, passado pelas demais divisões do campeonato, mas isso só aumenta a minha motivação”, disse ele. “Vou procurar aprender com a experiência da equipe, que eu considero uma das forças da categoria, para iniciar a temporada do ano que vem pronto para brigar por bons resultados”, acrescentou.


 


Embora ainda negocie com patrocinadores para 2009, Romancini já definiu a mudança do foco de sua carreira. Depois de acumular vitórias na Fórmula Renault – onde venceu a preliminar do GP Brasil de Fórmula 1 – e na Fórmula 3 Sul-Americana, ele disputou a maior parte do campeonato da World Series deste ano. Mas, regressou ao Brasil sem ter tido a chance de mostrar todo o seu potencial na Europa.


 


Mesmo com um carro pouco competitivo nas mãos, Romancini obteve resultados melhores que os demais pilotos da equipe Epsilon-Euskadi, que já conheciam as pistas do calendário e, principalmente, o carro da categoria. O estágio na World Series, no entanto, serviu para habituá-lo Á  condução de carros de grande potência – algo fundamental para uma categoria como a Stock Car -, a permitiu ao paulista ver de perto a dura realidade enfrentada pelos pilotos brasileiros que sonham com o automobilismo do Velho Continente.


 


“Principalmente pela questão econÁ´mica, está cada vez mais difÁ­cil competir na Europa e sonhar com a Fórmula 1. Além disso, o piloto brasileiro não tem, muitas vezes, a chance de sentar logo de cara em um carro competitivo, e isso aumenta ainda mais o custo de uma carreira. Como as possibilidades que eu tinha de continuar correndo na Europa, eu não conseguiria realizar mais do que já estava realizando, e por isso decidi aproveitar a oportunidade que surgiu na Stock Car”, revelou.


 


Mario Romancini já sabe que enfrentará dificuldades em suas primeiras corridas na Copa Nextel, algo natural devido Á s caracterÁ­sticas do carro utilizado na principal categoria nacional. Por nunca ter guiado um carro de turismo, ele atravessará um natural perÁ­odo de adaptação que marcou a estréia de praticamente todos os pilotos de monoposto que chegaram Á  Stock Car, inclusive aqueles que vieram direto da Fórmula 1.


 


“O fato de eu ser o mais jovem do grid da maior categoria do automobilismo brasileiro aumenta a minha motivação pelo desafio. Estou muito entusiasmado com a categoria, em especial pelo nÁ­vel de popularidade e penetração da categoria, o que torna mais fácil a viabilização de patrocÁ­nios e o retorno oferecido Á s empresas. Aliás, acredito que todos os pilotos da categoria deveriam agradecer aos sites, jornais, revistas, rádios e emissoras de TV de todo o paÁ­s pelo excelente espaço dado Á  Stock Car, pois sem eles não conseguirÁ­amos atrais patrocinadores que viabilizassem uma carreira profissional no automobilismo brasileiro”, encerrou.


 


Na opinião do chefe da equipe Hot Car, Amadeu Rodrigues, Mario Romancini é um dos pilotos mais promissores da nova geração, e deve ter um futuro brilhante na categoria. “O Mario é um piloto jovem, mas que já traz na bagagem uma boa experiência internacional. Nas categorias de Fórmula ele sempre mostrou velocidade e capacidade de decidir uma corrida, e não tenho dúvidas que, passado o natural perÁ­odo de adaptação que os pilotos de monoposto necessitam quando chegam Á  Stock Car, ele será um dos destaques da categoria”, opinou o chefe da Hot Car.