Stock: Bandeira vermelha complica vida do bicampeão Losacco

O último foi o primeiro. Décimo colocado entre os 10 pilotos que disputam o tÁ­tulo nos playoffs, Ricardo MaurÁ­cio (Katalogo Racing) atropelou os favoritos e conquistou a pole – sua primeira na categoria – da 11ª e penúltima etapa da Stock Car. Ele foi o mais rápido da superclassificação ao estabelecer o tempo de 1:18.945 e assegurou o direito de comandar o grid de 42 carros na largada deste domingo no Autódromo de Jacarepaguá, marcada para as 10h30 e com transmissão ao vivo pela TV Globo. O lÁ­der Cacá Bueno (RC Competições) completará a primeira fila.

A outra surpresa do dia foi a exclusão do bicampeão Giuliano Losacco do grupo de 10 pilotos que passou para a superclassificação. A tomada classificatória foi encerrada com bandeira vermelha nove minutos antes do programado, por causa de acidente envolvendo Valdeno Brito e que deixou a curva 1 sem condições de aderência – a água acumulada na barreira de pneus cruzou a pista. Nesse exato momento, Losacco e o companheiro Guto Negrão esperavam a reabertura dos boxes para a última tentativa com pneus novos. Sem chance de melhorar, sairão respectivamente apenas em 18º e 29º.


Apesar das chances teóricas de Cacá liquidar a fatura por antecipação, a combinação improvável de resultados dificulta a viabilização dessa possibilidade. Além disso, a combinação de temperaturas elevadas, podendo ultrapassar os 30 graus ambiente e 60 no interior dos carros, e um circuito manhoso, que está exigindo muito dos freios, torna qualquer prognóstico prematuro. “A corrida será longa e cansativa. Além disso, há uma curva nova onde somos obrigados praticamente a parar. Depois de algum tempo, muita gente vai perder a freada e passará reto”, prevê Losacco, vencedor da prova no ano passado e ocupando a terceira colocação com 237 pontos, 10 a menos que Cacá e a um do vice-lÁ­der Felipe Maluhy.


Mesmo com a vida complicada, Losacco ainda acredita que nada está decidido. “Corridas são sempre imprevisÁ­veis. Vou procurar chegar ao final e depois ver o que acontece”, avisa, com a cautela habitual. Negrão, que terá uma tarefa ainda mais árdua pela frente, aposta tudo na consistência e no bom condicionamento fÁ­sico. “Com o calor que está fazendo, muita gente vai começar a perder rendimento da metade da corrida em diante.”